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PAN quer intérpretes de língua gestual nos serviços públicos

Partido aponta falhas nos serviços de atendimento aos cidadãos surdos, nomeadamente em hospitais e centros de saúde. "Como é que um surdo diz ao seu médico como se está a sentir?"

PAN quer intérpretes de língua gestual nos serviços públicos
Notícias ao Minuto

12:47 - 22/03/17 por Notícias Ao Minuto

Política Iniciativa

O PAN vai levar a debate esta sexta-feira uma iniciativa legislativa em que recomenda ao Governo a criação de uma bolsa de intérpretes de língua gestual portuguesa "para assegurar a acessibilidade dos serviços públicos".

Em comunicado, o partido de André Silva refere que "uma pessoa surda continua a não ter acessibilidade em hospitais, centros de saúde, serviços camarários, assembleias municipais, bibliotecas, ensino superior, e em várias outras instituições".

Sublinha, aliás, que os últimos diplomas sobre esta matéria são de 2004 e 2006 e essas barreiras continuam a existir ainda hoje. Para ilustrar o tipo de "barreiras" existentes, o PAN dá o exemplo dos serviços da Segurança Social que são considerados acessíveis pelo Estado e onde é possível o cidadão surdo solicitar atendimento em língua gestual.

Contudo, "este terá que aguardar cerca de duas a três semanas até que esse atendimento lhe seja marcado, ao passo que uma outra pessoa sem deficiência simplesmente se dirige ao balcão e é atendida", nota o partido.

"A situação ganha especial relevância quando pensamos nos serviços de saúde. Os centros de saúde e hospitais não dispõem de intérpretes nem são legalmente obrigados a isso", refere ainda André Silva, questionando como é que um cidadão surdo comunica com o seu médico e lhe explica o que está a sentir.

Mais grave ainda, frisa o PAN, é quando está em causa uma emergência médica em que a pessoa surda não tem a possibilidade de organizar uma ida ao hospital acompanhado de um intérprete.

O partido termina sublinhando que "apesar de terem sido dados passos no sentido de melhorar as condições de vida dos cidadãos com deficiência, estes ainda não são suficientes para assegurar uma vida independente" e que todos os cidadãos tem direito a ter acesso à saúde.

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