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PSD desafia primeiro-ministro, PCP e BE a darem explicações sobre TSU

O PSD desafiou hoje o primeiro-ministro e os partidos que apoiam o Governo a darem explicações aos portugueses em matéria de Taxa Social Única (TSU) e devolveu as acusações de "oportunismo político" a PS, PCP e BE.

PSD desafia primeiro-ministro, PCP e BE a darem explicações sobre TSU
Notícias ao Minuto

16:24 - 25/01/17 por Lusa

Política Parlamento

Na primeira intervenção do PSD no debate das apreciações parlamentares de BE e PCP que visam eliminar a descida da TSU acordada na concertação social, o líder parlamentar social-democrata, Luís Montenegro, acusou o primeiro-ministro, António Costa, de ter assinado um acordo com os parceiros sociais "quando já sabia que os seus parceiros de coligação não o apoiavam".

"Porquê? Porque procedeu assim o primeiro-ministro, foi para abrir uma guerra dentro da geringonça?", questionou, sublinhando que o atual debate parlamentar só existe porque PCP e BE decidiram trazer a descida da TSU ao parlamento.

Para Luís Montenegro, "o PCP e o BE também devem explicações aos portugueses", questionando qual o motivo das apreciações parlamentares que visam revogar uma medida do Governo.

"Pretendem tirar o tapete ao Governo? Querem dizer ao país que já não estão disponíveis para suportar as políticas do Governo?", interrogou, considerando tal atitude "o cúmulo do oportunismo político".

Luís Montenegro questionou que "valor terá a palavra do primeiro-ministro" daqui em diante, e perguntou aos partidos que apoiam a atual solução governativa se apenas estão disponíveis para apoiar "o que é agradável e popular".

"Vamos deixar-nos de meias tintas, tenham decoro, então os oportunistas somos nós?", questionou, desafiando os deputados que apoiam o Governo a assumirem as suas responsabilidades e a não resvalarem para "o chico-espertismo".

"O PSD está onde sempre esteve, está na verdade política, explicando e fundamentando as suas posições", disse, salientando que quando os sociais-democratas aprovaram a redução da TSU o fizeram como uma medida excecional, suportada apenas pelo Orçamento do Estado e condicionando aumentos futuros do Salário Mínimo Nacional (SMN) ao aumento da produtividade.

Num pedido de esclarecimento, também o líder parlamentar do CDS-PP Nuno Magalhães classificou o debate de hoje no parlamento como "o ato maior do teatro" de BE e PCP.

"Têm tentado fazer passar os portugueses por tolos desde que estão no Governo fingindo não estarem (...) Onde é que está a maioria parlamentar?", questionou.

O presidente da bancada democrata-cristã disse ainda que, no futuro, "a palavra do primeiro-ministro de Portugal não serve para rigorosamente nada".

"Ficou nas mãos de Catarina Martins e Jerónimo de Sousa e isso é o mais grave para o país", lamentou Nuno Magalhães.

Pela bancada do Bloco de Esquerda, o deputado José Soeiro recordou palavras do líder do PSD, há cerca de um mês, quando Pedro Passos Coelho disse que o aumento do SMN para 557 euros "era excessivo porque não tinha em conta os aumentos da produtividade e, portanto, era contra esse valor".

"Neste debate está claro que o PSD não tem princípios, o que levou o PSD a dar esta pirueta?", questionou, salientando que o partido foi favorável no passado a uma descida ainda maior da TSU.

Na resposta, Montenegro considerou "infantil" o argumento de que o PSD é contra o SMN -- dizendo que este foi aumentado 20 vezes por Governos sociais-democratas - e salientou que o partido continua a defender que o aumento desta prestação deve estar associado à produtividade.

"Estava a ver se me convencia a não votar a favor da vossa proposta de cessação de vigência (...) Os senhores levam isto como uma brincadeira, mas isto não é uma brincadeira", rematou.

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