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"A eleição de Mariano Rajoy é o triunfo da paciência"

O político comentou o fim do impasse do governo do país vizinho.

"A eleição de Mariano Rajoy é o triunfo da paciência"
Notícias ao Minuto

22:42 - 29/10/16 por Inês André de Figueiredo

Política Paulo Portas

Paulo Portas, antigo vice-primeiro-ministro português, esteve na antena da TVI a comentar o desenlace da situação política espanhola. 315 dias depois, Mariano Rajoy irá liderar um governo minoritário, o que afasta a ideia de uma terceira eleição.

Na opinião do antigo ministro dos Negócios Estrangeiros, “a eleição de Mariano Rajoy é o triunfo da paciência”, já que o líder do PP “não é um político carismático, no sentido espanhol do termo, mas é um político cheio de bom senso e sentido comum”.

Depois de duas eleições em que “não deixaram [Rajoy] formar governo nem encontraram um governo alternativo”, Paulo Portas acredita que hoje podia ter surgido “uma espécie de suicídio coletivo de todos”.

“Toda a gente sabe, em Espanha, que as terceiras eleições dariam praticamente uma maioria absoluta a Mariano Rajoy. Ou seja, no meio de tanta desordem, de tanto caos e de tanta instabilidade, revelou-se sobretudo o bom senso e a serenidade dele”, explicou.

Paulo Portas elogiou ainda a gestão económica de Rajoy, intitulando-a de “manifestamente boa”. “Tomara um país na UE crescer 3,1%”, disse, acrescentando que o país já está a ‘pagar’ pela instabilidade vivida nos últimos tempos: “Este período de instabilidade já começou a ‘passar fatura’, porque as projeções para o crescimento económico do próximo ano já são só de 2%, ou 2,1%”.

Por outro lado, o centrista refere que para construir uma espécie de “Geringonça em Espanha” será “ preciso fazer um acordo com os separatistas da Catalunha e do País Basco”. “O que é que eles iriam pedir em troca? Uma coisa que o PSOE nunca poderiam dar: um referendo pela independência”, referiu.

Mais ainda, “a outra explicação é que uma coisa é fazer uma coligação em que o primeiro partido tem 30% e o segundo tem 10% e outra coisa seria o PSOE entender-se com o Podemos que é, neste momento, o seu principal inimigo”.

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