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Bloco quer "passar à frente agitando bandeira levantada pelo PCP”

O líder do PCP abordou esta terça-feira na antena da SIC a atualidade económica e política do país, com particular destaque para a polémica com o salário do novo administrador da CGD. Referindo-se à relação com o Bloco de Esquerda, Jerónimo mostrou-se indignado com algumas atitudes do partido à Esquerda.

Bloco quer "passar à frente agitando bandeira levantada pelo PCP”
Notícias ao Minuto

21:01 - 25/10/16 por Andrea Pinto

Política Jerónimo de Sousa

Para assinalar um ano das eleições legislativas, Jerónimo de Sousa foi o entrevistado de hoje no Jornal da Noite da SIC, depois de por lá já terem passado Passos Coelho, Catarina Martins e Assunção Cristas.

O líder do PCP começou por abordar a notícia avançada esta terça-feira e que dá conta de que os administradores da Caixa Geral de Depósitos não terão que apresentar as suas declarações de rendimentos ao Tribunal Constitucional.

“Sendo verdade, isso não invalida outros critérios de transparência em relação a esses vencimentos, nomeadamente por parte da Inspeção-Geral das Finanças, do Banco de Portugal e do accionista Estado”, frisou.

Neste sentido defendeu que o partido não acompanha “a concepção de que o que existe é suficiente”, e, lembrando que o PCP sempre foi contra altos vencimentos entre banqueiros, Jerónimo afirmou que “é chocante a diferença de rendimentos e vencimentos como também de privilégios por parte destes administradores”.

Salários da nova administração da CGD

Além disso considerou que é ainda "mais chocante quando se verifica que no plano dos salários, onde se regateia um euro para um salário mínimo e depois há salários excessivos”, destacando que falamos da CGD mas podíamos falar de várias empresas públicas e privadas”.

Orçamento do Estado para 2017

“Não estamos neste processo com pé atrás. Procuramos uma grande clareza para afirmar os nossos posicionamentos, quer sejam críticos ou de acolhimentos. Temos um princípio fundamental de não perder nenhuma oportunidade para repôr rendimentos e direitos”, assegurou.

Relação entre Bloco e PCP

“Há um relacionamento normal, nos contatos que temos, na convergência de muitas iniciativas. Verifica-se sistematicamente convergência em termos de voto em relação a muitas matérias, o que não invalida as diferenças que existem entre nós (...)  Não há luta por protagonismo. O nosso problema não é o Bloco. São os problemas estruturantes que se não forem ultrapassados criarão uma situação que pode ser insustentável e que é querer sol na eira e chuva no nabal"

“Muitas vezes, a comunicação cocial (para não dizer o Bloco) põe-se nos bicos de pé em matérias em que o PCP teve opinião, teve proposta. Aborrece-me e é exagerado. O sentimento que temos é a necessidade esclarecer. O seu a seu dono. Não temos problemas em convergir mas não nos queiram passar à frente levantando uma bandeira levantada pelo PCP”

Relação com António Costa

“Nas relações que temos tido - em reuniões, contactos - a franqueza existiu sempre. Cada um sabe das diferenças e divergências que há entre nós. Mas naquilo que é convergência e compromisso, tenho que registar que nunca tive duplas posições ou alguém a tentar enganar alguém. Há franqueza, colocando as coisas de forma muito sã. É uma relação que está mais clara e sem perder o sentido do limite”

Opinião sobre Marcelo Rebelo de Sousa

“O Presidente da República creio que está a assumir os poderes que a Constituição lhe atribui, no seu estilo muito próprio. Não me agrada nem desagrada. É do feitio do Senhor Presidente, não tenho que fazer reparos. Até hoje, não abdicou do pensamento ideológico e das suas origens. Enquanto cumprir e fizer cumprir a Constituição da República isso é um elemento fundamental”

[Notícia atualizada às 22h10]

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