Madeira: CDU acusa autoridades de negligência dois meses após os fogos
O líder da CDU/Madeira, Edgar Silva, considerou hoje, no Funchal, que as entidades públicas estão a ter um "comportamento negligente" face ao perigo que representam as escarpas sem coberto vegetal, na sequência dos grandes incêndios de agosto.
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Política Incêndios
"Dois meses depois dos incêndios, havia que limpar os terrenos, os troncos tombados, as pedras soltas, os terrenos que ameaçam deslizamentos e desabamentos", declarou Edgar Silva, sublinhando que "nada foi feito" para lá das zonas onde passam as estradas principais.
O líder comunista visitou hoje algumas dessas áreas, no concelho do Funchal, um dos mais afetados pelos fogos ocorridos no início de agosto, que provocaram três mortos e danos materiais avaliados em 157 milhões de euros.
"Não é admissível que dois meses depois nada tenha sido feito face a situações que são gritantes, estando aqui tanta gente sob uma ameaça grande, onde os riscos para vidas e bens são mais do que evidentes", sublinhou Edgar Silva, salientando que a CDU já enviou ofícios e abaixo-assinados às entidades competentes.
O dirigente comunista lembrou, por outro lado, que "no quente dos fogos" vieram à Madeira ministros e até o Presidente da República, mas considerou que "conjunto de votos de boas intenções" por eles revelado não passou disso mesmo.
Edgar Silva vincou que o Governo Regional e a Câmara Municipal do Funchal têm a responsabilidade de "apoiar e proteger" a população, sobretudo tendo em conta a aproximação dos meses de inverno, onde a eventual ocorrência de chuvas fortes poderá provocar um novo desastre.
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