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PSD acusa Governo de querer atacar setor vitivinícola com "taxa Syriza"

O líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, acusou hoje o Governo de atacar o setor vitivinícola para sustentar um modelo económico que falhou com uma taxa inspirada numa medida do governo grego do Syriza.

PSD acusa Governo de querer atacar setor vitivinícola com "taxa Syriza"
Notícias ao Minuto

13:59 - 06/10/16 por Lusa

Política OE2017

"Há notícia que se quer introduzir em Portugal um imposto que será uma taxa que posso designar como taxa Syriza, porque é inspirada naquilo que a Grécia fez há pouco tempo pela mão do Syriza no setor vitivinícola", afirmou Montenegro aos jornalistas no parlamento, após uma reunião da bancada do PSD.

O presidente do grupo parlamentar social-democrata afirmou que o primeiro-ministro, António Costa, já assumiu que "o crescimento da economia ficará muito aquém do que foi projetado" e para que o modelo económico do executivo tenha "o mínimo de sustentação terá que se ir mais uma vez ao bolso das pessoas, dos contribuintes, buscar mais impostos".

"Ainda não sabemos que desenho vão ter no Orçamento mas já sabemos que andarão à volta do património, serão impostos indiretos sobre o consumo de alguns bens", afirmou.

Segundo Montenegro, "os portugueses percebem que o Governo não resulta, que o Governo insiste para que o modelo ser mantenha em vigor e que o faz à custa de onerar mais as pessoas e as empresas".

"O país assim tem o futuro muito comprometido. Isto não é vida, estarmos permanentemente a ir aos impostos para um conjunto de decisões ou de falta delas que tomamos do lado da administração", argumentou.

"Tivemos um período de emergência, que foi muito exigente, nessa emergência houve um agravamento fiscal. Estávamos em 2015 a recuperar e aliviar a carga fiscal e hoje estamos já não em emergência a aumentar a carga fiscal", sublinhou.

A presidente da Associação de Vinhos e Espirituosas de Portugal contestou hoje a possibilidade de o Governo aumentar o imposto sobre os vinhos, considerando que a medida vai causar a falência de empresas e quebra no consumo.

Em declarações hoje à agência Lusa, no dia em que sete associações do setor fizeram um comunicado de protesto pela possibilidade de o imposto aumentar, a presidente da Associação de Vinhos e Espirituosas de Portugal (ACIBEV), Ana Isabel Alves, considerou "muito grave" se a intenção se concretizar.

O Correio da Manhã avançou na quarta-feira que o executivo estará a estudar um aumento do imposto que incide sobre o vinho, como forma de conseguir mais receita fiscal.

Contactado pela agência Lusa, uma fonte do Ministério das Finanças disse que o gabinete de Mário Centeno não vai pronunciar-se "sobre medidas do Orçamento do Estado antes da sua apresentação".

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