"Não damos qualquer credibilidade aos relatórios do FMI"
Deputado do PCP falou aos jornalistas no final do debate quinzenal que decorreu esta quinta-feira na Assembleia da República.
© Global Imagens
Política António Filipe
António Filipe começou por dizer que está habituado a ver “relatórios do FMI que desmentem relatórios anteriores do FMI” e, por isso, os comunistas não dão “qualquer credibilidade a relatórios do FMI”, referindo-se ao documento hoje divulgado por aquela entidade internacional e que aponta um caminho espinhoso na recuperação da economia portuguesa.
“Estamos habituados a pressões absolutamente inadmissíveis do FMI que têm sempre o objetivo de empobrecer os portugueses e de impor, às camadas sociais mais desfavorecidas, uma austeridade eterna”, apontou.
Relativamente às subvenções a atribuir aos partidos políticos, António Filipe voltou a frisar que o PCP “não concorda que haja qualquer aumento das subvenções aos partidos por via do Orçamento do Estado para 2017”.
Esta posição, explicou o deputado, é assumida com base numa “questão princípio”, pois o PCP defende que a subsistência dos partidos “deve depender do esforço dos seus militantes e simpatizantes”, mas também numa questão de respeito pelos portugueses.
“Obviamente que os portugueses que foram sacrificados e cujo poder de compra ainda não foi reposto, não compreenderiam que houvesse uma reposição do corte que houve nas subvenções aos partidos”, rematou.
Recorde-se que no relatório divulgado hoje, o FMI defende que o Governo aplique medidas de austeridade de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB), cerca de 900 milhões de euros, no próximo ano, focando-se nos salários e pensões da função pública, insistindo ainda na necessidade de "mais medidas adicionais" para que Portugal cumpra a meta do défice com que se comprometeu para este ano, de 2,2% do PIB.
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