Meteorologia

  • 02 MAIO 2024
Tempo
10º
MIN 10º MÁX 17º

"Se não se governa si mesmo, como é que PS há de governar o país?"

O eurodeputado do PSD Paulo Rangel colocou hoje em causa a capacidade do PS governar Portugal, questionando que se um partido "não se governa a si próprio" como conseguirá governar o país.

"Se não se governa si mesmo, como é que PS há de governar o país?"
Notícias ao Minuto

14:18 - 02/09/16 por Lusa

Política Paulo Rangel

Partindo do problema da Segurança Social, Paulo Rangel reconheceu a necessidade de apoiar os desempregados, reformados e as pessoas com deficiência, mas lembrou que é preciso também ver como isso se vai pagar.

"Este Governo está a meter a cabeça na areia, António Costa está a fugir a este debate como o diabo da cruz e este é um debate essencial (...) que mais uma vez tem a ver com as contas, porque é importante, não há liberdade se não houver alguma autonomia económica", disse o eurodeputado social-democrata, que falava numa 'aula' da Universidade de Verão do PSD.

E, desta afirmação, partiu para a ironia: "Até digo com alguma ironia, hoje vem uma notícia de que o PS está quase na falência como partido, pois se o PS não se governa si mesmo, como é que há de governar o país? Esta é que é a questão".

O Jornal de Notícias noticia, na sua edição de hoje, que o PS está "em falência", com "um passivo de 21 milhões de euros", tendo deixado de financiar atividades das suas comissões concelhias e sido obrigado a pedir aos líderes locais que assumam o pagamento de despesas, como a água ou a luz.

Entretanto, num comunicado da comissão permanente dos socialistas colocado na rede social Facebook, o PS já esclareceu que iniciou "um processo de amortização" da sua dívida, que está a ser "negociado com as instituições de crédito" e "permitirá uma redução sustentada do seu endividamento".

Já fora da 'sala de aulas', em declarações aos jornalistas, Paulo Rangel falou também da manchete de hoje do jornal Público, que refere que o primeiro-ministro português vai levar à primeira Cimeira de Países do Sul da União Europeia para preparar a Cimeira Europeia de Bratislava uma proposta no sentido de regenerar as periferias da Europa para combater terrorismo.

"É uma coisa manifestamente pífia para alguém que pretende ter um papel e uma voz na Europa, se fosse uma proposta para as questões económicas, para as questões financeiras, se fosse uma proposta para a questão dos refugiados (...), se fosse este tipo de propostas de largo alcance, agora uma coisa típica de um presidente de câmara? Isto não é uma proposta de um primeiro-ministro, é uma proposta de presidente de câmara e Portugal precisa na Europa de ter uma voz de um primeiro-ministro, não de ter uma voz de um presidente de câmara", disse Paulo Rangel.

Aos jornalistas, o eurodeputado do PSD falou ainda do encontro de sábado entre o presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, com o líder da oposição grega, Kyriakos Mitsotakis, considerando que se trata de "um sinal contra o populismo".

Recordando que até o Syriza aparecer, a Grécia estava a fazer um caminho que até podia ter beneficiado Portugal, Paulo Rangel acusou o ex-ministro das Finanças Varoufakis de ter destruído o trabalho de quatro ou cinco anos.

"Nós que podíamos ter conseguido coisas como o Tesouro Europeu, como o Fundo Monetário Europeu, porque os países que tinham tido dificuldade estavam a ganhar credibilidade, o Syriza desbaratou essa credibilidade, é agora um aliado dos socialistas europeus e aliado do BE", referiu.

Não colocando em causa a solidariedade de Portugal para com os gregos, Paulo Rangel sublinhou que essa solidariedade tem de ser para com "uma Grécia que esteja empenhada na construção de uma Europa viável, não uma Europa inviável, para dinamitar na primeira esquina".

"E isso foi o que fez o Syriza e fez-nos perder anos e anos de progressos que tínhamos conquistado com tanto suor e lágrimas", acrescentou.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório