CGD: Galamba louva "grande conquista do Governo e do país"
O porta-voz do PS enalteceu hoje a "grande conquista do Governo e do país" face ao acordo com a Comissão Europeia para a recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD), em declarações à Lusa.
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Política PS
"Aquilo que foi conseguido foi a manutenção da Caixa em mãos 100% públicas e um programa de reestruturação e de recapitalização que lhe permitirá atuar no mercado e ser um banco sólido. É uma grande conquista do Governo e do país", disse João Galamba.
O deputado socialista adiantou ainda ter "a informação" de que "esta recapitalização da Caixa não será tida em conta em termos de metas orçamentais e de cumprimento do Procedimento por Défice Excessivo", considerando-a igualmente "uma excelente notícia".
A Comissão Europeia chegou a um acordo de princípio com o Governo português para a recapitalização da CGD "em condições de mercado", disse hoje à Lusa um porta-voz do executivo comunitário.
"A Comissária [Margrethe] Vestager chegou esta noite a um acordo de princípio com as autoridades portuguesas sobre o caminho a seguir para permitir uma recapitalização da CGD em condições de mercado", segundo a mesma fonte.
As autoridades portuguesas irão injetar 2,7 mil milhões de euros no capital da CGD, transferir as suas ações ParCaixa para a CGD e converter em capital 900 milhões de euros de instrumentos de capital contingente (as chamadas 'CoCo bonds').
"São notícias muito positivas porque sabíamos que era uma batalha difícil de travar em Bruxelas, com a DGCOM (Direção-Geral da Concorrência europeia), porque há sempre um preconceito contra a existência de bancos públicos e tinha-nos sido dito durante muito tempo pelo Governo anterior (PSD/CDS-PP) que não era possível e que talvez fosse necessário abrir a Caixa a capital privado", continuou Galamba.
Sobre as críticas de ingerência de Bruxelas no processo, nomeadamente em relação à composição da nova administração do banco público e até por parte de parceiros parlamentares como BE e PCP, o porta-voz socialista limitou-se a remeter para os regulamentos em vigor.
"São as regras que existem, neste momento, na União Bancária. A supervisão mudou de mãos nacionais para europeias, são as regras que existem. A discussão sobre se são positivas ou negativas pertencem a outro âmbito", concluiu.
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