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Inquérito ao Banif na Madeira deve apurar verdade "doa a quem doer"

O grupo parlamentar do PSD/Madeira quer apurar, em sede de comissão de inquérito, "a verdade dos factos" sobre a situação do Banif "custe o que custar e doa a quem doer", disse hoje o deputado João Paulo Marques.

Inquérito ao Banif na Madeira deve apurar verdade "doa a quem doer"
Notícias ao Minuto

13:23 - 10/03/16 por Lusa

Política PSD/Madeira

"Na opinião do PSD, esta comissão parlamentar de inquérito, esta Assembleia [Legislativa da Madeira], tem um dever perante os madeirenses de apurar a verdade dos factos sobre o Banif e sobre a medida de resolução que foi aplicada, custe o que custar, doa a quem doer", declarou João Paulo Marques em conferência de imprensa realizada no parlamento insular.

O deputado João Paulo Marques acrescentou que "o trabalho do PSD/Madeira será centrado nos lesados, naqueles que foram diretamente afetados por esta situação do Banif e sempre com vista a que a mesma não se volte a repetir".

O deputado salientou que o assunto desta comissão de inquérito "é demasiado grave e é demasiado importante", pelo que "não pode ser utilizado para arma de arremesso político".

"Quem estiver nesta comissão para retirar dividendos políticos da mesma, estamos convencidos que estará a prestar um mau serviço aos madeirenses, um terrível serviço à democracia e, acima de tudo, estará a fazer um uso irresponsável dos dinheiros públicos dos contribuintes que são diretamente afetados nos trabalhos que serão conduzidos por esta comissão", argumentou.

João Paulo Marques disse que esta comissão parlamentar de inquérito recentemente criada está a "dar os primeiros passos" e deve ter como "foco principal as pessoas que foram diretamente afetadas por toda esta situação do Banif".

Nestas, incluiu "os clientes que confiaram as suas poupanças ao Banif e que hoje em dia estão de mãos a abanar", os "funcionários que não foram transferidos para o Banco Santander Totta e hoje em dia têm o seu posto de trabalho em risco" e os "contribuintes que, novamente, foram chamados a pagar e a salvar mais um banco".

Falando sobre a metodologia a adotar nesta comissão, o deputado do partido maioritário madeirense, indicou que o PSD pretende começar por ouvir os "órgãos sociais do Banif e do Santander", seguindo-se as "entidades políticas com responsabilidade na matéria", nomeadamente os atuais e anteriores ministros das Finanças e os titulares com esta pasta no Governo Regional.

Chamados serão também responsáveis das entidades reguladoras [o Banco de Portugal, a CMVM e a Direção-geral de concorrência), os clientes institucionais "aqueles que se situam na esfera pública, que estão sujeitos a fiscalização direta por parte do parlamento da Madeira" -- e a Associação dos Lesados do Banif recentemente constituída, complementou.

A comissão de inquérito à situação do Banif na Assembleia da Madeira tomou posse a 18 de fevereiro, foi requerida pelo PS e suscitada por um quinto dos deputados do parlamento regional.

A 20 de dezembro, o Governo e o Banco de Portugal decidiram a venda da atividade do Banif e da maior parte dos seus ativos e passivos ao Banco Santander Totta por 150 milhões de euros.

A alienação do banco foi tomada "no contexto de uma medida de resolução" pelas "imposições das instituições europeias e inviabilização da venda voluntária do Banif", segundo o comunicado então distribuído pelo Banco de Portugal. Os lesados do Banif já realizaram manifestações de protesto no Funchal e constituíram uma associação.

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