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Bloco diz que valores do défice são provas do "falhanço do Governo"

A deputada do BE Mariana Mortágua considerou hoje que os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre os défices orçamentais de 2014 e 2015 são "provas redondas do falhanço do Governo".

Bloco diz que valores do défice são provas do "falhanço do Governo"
Notícias ao Minuto

14:15 - 23/09/15 por Lusa

Política Mortágua

"Défice descontrolado, dívida descontrolada, um Novo Banco que leva o défice de 2014 ao [valor do] défice de 2011 quando tomaram posse, penso que um quadro mais negativo era difícil, são três provas redondas do falhanço deste Governo", afirmou Mariana Mortágua, que é também cabeça de lista do BE por Lisboa nas eleições de 04 de outubro.

De acordo com a segunda notificação do Procedimento dos Défices Excessivos (PDE), enviada hoje pelo INE a Bruxelas, em 2014, as administrações públicas registaram um défice orçamental de 12.446,2 milhões de euros, o equivalente a 7,2% do Produto Interno Bruto (PIB). Ainda segundo dados do INE, o défice orçamental atingiu 4,7% do PIB no final do primeiro semestre de 2015, um valor superior à meta de 2,7% estabelecida pelo Governo para a totalidade do ano.

Em conferência de imprensa na sede do BE, em Lisboa, Mariana Mortágua falou dos números do défice de 2014 e 2015, concluindo que, relativamente aos dados do ano passado, se pode dizer que oficialmente todos os portugueses "são lesados do PSD e do CDS", partidos que durante um ano prometeram que não seriam os contribuintes a pagar o Novo Banco.

"Chamaram-nos alarmistas quando várias vezes enumerámos essa possibilidades, hoje ficámos a saber que por mais voltas que dê, por mais jogos de semântica que o Governo faça não há forma de o negar, é o INE que o diz, o défice público oficial de 2014 foi revisto para 7,2%, o equivalente ao défice de 2011", sublinhou, enfatizando que 7,2% é o défice que "todos vamos pagar", porque se fossem os bancos a pagar esta perda, ela não seria registada no défice público, mas nas contas dos bancos privados.

Por outro lado, acrescentou a deputada do BE, hoje também foi tornado público que relativamente ao défice de 2015 nos primeiros seis meses do ano o défice disparou para 4,7%, quando a meta estabelecida pelo Governo para total do ano é 2,7%.

"Para cumprir a meta acordada pelo Governo, o Governo tem de se comprometer a, nos próximos seis meses, ter um défice de 0,7%, 0,6%", sustentou, recordando que não há memória de tal ter acontecido nos últimos anos.

"O que estamos a assistir é a uma grande probabilidade não haver cumprimento da meta que o Governo se tinha disposto", vincou, questionado como é possível o executivo de maioria PSD/CDS-PP se apresentar a eleições com um discurso de recuperação económica, rigor e disciplina nas contas e depois ter para apresentar nos primeiros seis meses do ano "um défice completamente descontrolado".

"Não fomos nós que fizemos do défice e da dívida o alfa e o ómega da governação, foi este Governo que se comprometeu a reduzir a dívida e a controlar o défice. O que tem para apresentar a dias das eleições é uma dívida descontrolada e um défice descontrolados", referiu.

Ainda relativamente ao Novo Banco, Mariana Mortágua reiterou que a estratégia de o vender rapidamente foi um "erro" e que continua tudo em aberto.

"É um problema que está a ser empurrado com a barriga, não sabemos quanto é que vai custar, sabemos quanto é que nos custa neste momento: custa 3 mil e 900 milhões de euros, é um facto inegável", declarou, considerando ser uma "incerteza" quanto irá custar.

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