"Teria dissolvido a Assembleia quando Durão decidiu ir para a Europa"
Henrique Neto participou nas Jornadas da Juventude Popular no Bombarral, no distrito de Leiria.
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Política Intervenção
O tema era ‘O que se pode esperar da figura do Presidente da República’ e um jovem que assistia às jornadas questionou Henrique Neto sobre a decisão de Jorge Sampaio de dissolver o Parlamento quando Pedro Santana Lopes era o primeiro-ministro.
Na resposta, o candidato presidencial recordou que na origem do Executivo liderado pelo antigo presidente da Câmara Municipal de Lisboa esteve a saída de Durão Barroso para presidir à Comissão Europeia.
Henrique Neto garantiu que se fosse Presidente da República nessa época “teria dissolvido a Assembleia da República quando o dr. Durão Barroso decidiu ir para a Europa”.
“Teria dito ao dr. Durão Barroso que ele tinha feito um contrato com os portugueses, de quatro anos, e que esse contrato seria para cumprir”, explicou, como nota um comunicado enviado às redações.
E de seguida justificou a sua posição, sublinhando que este tipo de decisão tem “três tipos de importância”.
“Na decisão em si (a Assembleia é ou não dissolvida), para o futuro, porque cria um precedente – aquilo que foi feito vai ser interpretado e acontecer no futuro; em terceiro lugar, porque cria importância pedagógica”, indicou.
Henrique Neto recordou ainda a “estratégia” que Portugal sempre teve, nomeadamente na “expansão”.
“O nosso desejo de ser grandes era pelo Atlântico. Nós, a partir daí, com maior ou menor formalidade estratégica, até à entrada na União Europeia, tivemos essa estratégia no nosso sangue, na nossa cultura”, disse, acrescentando que essa mesmo estratégia “foi de alguma perdida com a entrada na União Europeia”. Porquê? Porque, considera, “assumimos que a dimensão de Portugal no contexto da União Europeia seria a nossa vocação”.
Nesta senda, Henrique Neto considera que “um dos grandes problemas que Portugal tem tido é a ausência de uma estratégia, de uma visão estratégica, que seja indicadora do que é que Portugal pode e deve ser dentro de dez, quinte ou vinte anos”.
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