Marco António Costa "não marca ritmo" de trabalhos no Parlamento
O presidente da Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública, o socialista Eduardo Cabrita, afirmou hoje que "o vice-presidente do PSD não é deputado da Assembleia da República" e "não estabelece o ritmo dos trabalhos do parlamento".
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Política Eduardo Cabrita
Marco António Costa, porta-voz do PSD, defendeu hoje que o cenário macroeconómico do PS pode e deve ser analisado pela Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO), através de um pedido da Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública, da Assembleia da República, e deixou um aviso aos socialistas: "Caso não o façam, será a maioria a tomar a iniciativa".
Contactado pela Lusa na sequência destas declarações, o presidente daquela comissão parlamentar, o deputado do PS Eduardo Cabrita, afirmou que "o vice-presidente do PSD não é deputado da Assembleia da República" e que "não é ele que estabelece o ritmo do parlamento".
"Temos de ver. A questão não existe e não me devo pronunciar enquanto a questão não existir. A UTAO é uma estrutura de apoio ao parlamento (...) que aprecia propostas legislativas, não aprecia propostas partidárias", respondeu Eduardo Cabrita quando questionado sobre se a UTAO pode ser chamada a avaliar o cenário macroeconómico encomendado pelo partido de António Costa.
O deputado disse ainda que "têm de ser estabelecidas regras" sobre esta questão e lamentou que a UTAO esteja a ser "usada como arma de arremesso político" pelo PSD.
Já o Conselho de Finanças Públicas (CFP) está "a preparar uma orientação sobre este assunto", segundo disse à Lusa fonte da instituição liderada por Teodora Cardoso.
Nesta orientação, o CFP deverá definir o que fará daqui para a frente em relação a eventuais cenários macroeconómicos que sejam apresentados por partidos, pelo que o objetivo não é apenas decidir se avalia ou não a proposta apresentada pelo PS na semana passada, mas, antes, definir o seu papel nestas situações.
Na semana passada, um grupo de economistas liderado por Mário Centeno e mandatado pelo PS apresentou o relatório 'Uma década para Portugal', que inclui uma série de medidas a aplicar até 2019 e um cenário macroeconómico, que estima a evolução da economia considerando aquelas medidas.
O cenário final dos socialistas aponta para mais crescimento, mais défice, mais dívida e menos desemprego do que o que antevê o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Comissão Europeia.
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