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PNR diz que Governo "não gosta" dos agricultores e pescadores

O cabeça de lista do Partido Nacional Renovador (PNR) às eleições madeirenses acusou hoje o Governo da República de "não gostar dos produtores agrícolas e dos pescadores", preferindo devolver o dinheiro dos fundos comunitários a beneficiar estes setores.

PNR diz que Governo "não gosta" dos agricultores e pescadores
Notícias ao Minuto

13:30 - 22/03/15 por Lusa

Política Eleições na Madeira

O próprio Governo não gosta dos produtores, dos agricultores, nem dos pescadores, porque prefere devolver o dinheiro [fundos comunitários] a entregá-lo à população", disse Álvaro Araújo numa iniciativa da campanha para as eleições legislativas antecipadas convocadas pelo Presidente da República para 29 de março, no mercado do Estreito de Câmara de Lobos, uma das freguesias do concelho vizinho do Funchal a oeste.

O candidato criticava assim as alterações introduzidas nas candidaturas dos pequenos produtores a apoios comunitários que os obrigam a estar coletados na Finanças.

"Muitas dessas pessoas até estão desempregadas e não justifica inscreverem-se nas Finanças, porque posteriormente têm de pagar à Segurança Social cerca de 1.200 euros anuais, o que não compensa pagar para receber apenas 500 euros de subsídio", argumentou Álvaro Araújo.

O enfermeiro de profissão adiantou que, ao não aplicar esses fundos, o Governo tem de devolver o dinheiro a Bruxelas, apontando que isso "já aconteceu no passado, em que teve de devolver milhões porque não aplicou o dinheiro na agricultura".

Nesta ação da campanha eleitoral, Álvaro Araújo quis também elogiar o "bom vinho Madeira" produzido na freguesia do município de Câmara de Lobos e destacou o problema de escoamento da uva negra mole, utilizada na produção deste produto tradicional.

"Não compreendemos como é possível que, sendo apenas uma freguesia a produzir o vinho Madeira, não se consiga vender este produto, que no passado tinha escoamento garantido e até faltava", declarou o candidato, apontando que o escoamento da bebida "está comprometido, está a diminuir".

A candidatura do PNR da Madeira considerou que está a haver "pouca negociação com o estrangeiro" nesta área, sustentando que, uma vez que a região importa "imensos produtos do estrangeiro, deve exigir que esses países comprem este produto de excelência".

Álvaro Araújo defendeu ainda que são necessárias medidas para privilegiar o consumo dos produtos regionais (agrícolas e peixe), dando prioridade à sua aquisição para as instituições públicas (hospitais, escolas, lares e outras), que são financiadas pelo Orçamento Regional e confecionam milhares de refeições por dia.

No seu entender "é assim que se valoriza" os agricultores e pescadores, "não é só dando subsídios", ainda que sejam importantes, e é "essencial comprar aquilo que as pessoas da Madeira produzem, que começa a melhorar a economia".

Às eleições legislativas antecipadas na Madeira concorrem 11 forças políticas, sendo oito partidos (PSD, CDS, JPP, BE, PND, PCTP/MRPP, PNR e MAS) e três coligações - Mudança (PS/PTP/MPT/PAN), CDU (PCP/PEV) e Plataforma de Cidadãos 'Nós Conseguimos' (PPM/PDA).

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