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Verdes lamentam que dívida valha mais que vida para Passos
Responsáveis de "Os Verdes" lastimaram hoje a diferença das declarações do primeiro-ministro sobre a dívida, que "deve ser paga 'custe o que custar'", comparadas com a demora no acordo com a indústria farmacêutica para o tratamento da hepatite C.
© Global Imagens
Política Responsável
"Relativamente às negociações do Governo quanto ao medicamento para a hepatite C, 'Os Verdes' lamentam a demora neste acordo e condenam as declarações do primeiro-ministro, que considera que a dívida deve ser paga 'custe o que custar', teimando em recusar a sua renegociação, mas para salvar vidas já não tem aplicação o 'custe o que custar'", lê-se em comunicado do PEV, após reunião do conselho nacional, em Lisboa.
Em causa estão as negociações, entretanto bem sucedidas, entre o Ministério da Saúde e dois laboratórios farmacêuticos para o fornecimento de medicamentos inovadores a doentes com hepatite C.
Durante a semana, depois da morte de uma doente que esperava a medicação, um outro doente confrontou o ministro da Saúde, Paulo Macedo, em plena comissão parlamentar, com a necessidade de acesso a fármacos.
"O PEV reafirma a necessidade de reforçar os cuidados de saúde primários, de forma a diminuir substancialmente, no futuro, a dimensão que o problema das urgências hospitalares está a ganhar, e lamentam que os partidos que suportam o Governo tenham rejeitado a iniciativa legislativa, que pretendia exatamente reforçar esses cuidados através da instituição de uma rede de cuidados que cobrisse todo o país", condenam.
Os dirigentes ecologistas sublinharam ainda a "importância de 2015 para a mudança necessária das políticas que têm sido seguidas e para o reforço de políticas sustentáveis e alternativas através das eleições na Madeira a 29 de Março", classificando o sufrágio como "uma oportunidade de dar mais força à CDU (coligação com PCP e Associação Alternativa Democrática)", com vista, depois, às eleições legislativas.
"'Os Verdes' congratulam-se pela aprovação por unanimidade da sua iniciativa legislativa sobre as levadas da Madeira, canais de irrigação que percorrem a ilha e que são consideradas jóias culturais da região com dimensão patrimonial nacional e universal. Uma resolução através do qual se exige do Governo o apoio à candidatura daquelas estruturas a Património da Humanidade", lê-se ainda.
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