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PS votou contra audição do 'chefe das secretas'

O PS foi hoje a única força política a votar contra a audição parlamentar do secretário-geral do Sistema de Informações da República (SIRP), Júlio Pereira, sobre atividades de agentes do SIS em operações de "limpeza eletrónica".

PS votou contra audição do 'chefe das secretas'
Notícias ao Minuto

13:52 - 26/11/14 por Lusa

Política Assembleia da República

A proposta de ouvir Júlio Pereira sobre o caso em que agentes do SIS foram observados pela PJ no gabinete do presidente do Instituto de Registos e Notariado (IRN), António Figueiredo - preso preventivamente no caso vistos gold -, partiu do Bloco de Esquerda e teve os votos favoráveis do PSD, CDS e PCP.

Na reunião, também sobre este caso relativo às controversas operações de limpeza eletrónica do SIS, foi marcada uma reunião da Comissão de Assuntos Constitucionais para serem ouvidos já nesta quinta-feira, pelas 15:50 horas, os membros do Conselho de Fiscalização do SIRP, órgão liderado pelo deputado social-democrata Paulo Mota Pinto.

Em relação à proposta de audição do secretário-geral das "secretas", o PS resistiu à sua aprovação, com o socialista Jorge Lacão a alegar que os serviços de informações são tutelados politicamente pelo primeiro-ministro e que a Assembleia da República exerce fiscalização política do Governo.

Ou seja, segundo o ex-ministro socialista, após a audição do Conselho de Fiscalização do SIRP, se houvesse necessidade de explicações complementares sobre o caso do SIS, essas explicações deveriam ser dadas por Pedro Passos Coelho.

"Não quero acreditar que o primeiro-ministro deixe em roda livre os serviços de informações", disse Jorge Lacão - um comentário que motivou imediata reação da vice-presidente do PSD Teresa Leal Coelho.

"O país já não está em roda livre, mas já esteve", respondeu a dirigente social-democrata.

Teresa Leal Coelho travou também, já na parte final da reunião, uma proposta oral formulada pelo presidente da Comissão de Assuntos Constitucionais, o social-democrata Fernando Negrão, a qual pretendia deixar em suspenso a chamada ao parlamento do "chefe máximo das secretas".

Fernando Negrão propôs que só após a audição com o Conselho de Fiscalização do SIRP se debatesse a questão da necessidade das explicações do secretário-geral do SIRP. Mas Teresa Leal Coelho opôs-se e forçou que se passasse imediatamente à votação favorável do requerimento do Bloco de Esquerda para fixar a audição de Júlio Pereira.

Na reunião, foi chumbada a proposta do PCP para ouvir o diretor do SIS, Horácio Pinto, já que este responsável participou na operação de limpeza eletrónica no gabinete de António Figueiredo.

Neste ponto, o deputado do PCP António Filipe usou algumas vezes o humor para se referir às posições que têm sido assumidas pelo secretário-geral do SIRP para justificar a ação dos agentes do SIS.

"Fiquei a saber [por Júlio Pereira] que o SIS tem horário de expediente. Às tantas só recolhe informações entre as 09:00 e as 17:00 horas", comentou, provocando risos.

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