PCP desafia Governo a condenar "nova escalada" de Israel

O PCP desafiou hoje o Governo a condenar a "nova escalada" de Israel contra o povo palestiniano, incluindo o "objetivo de colonizar a Faixa de Gaza", defendendo que a "dimensão dos crimes" de Telavive "não pode ser mais escondida".

paulo raimundo

© PCP

Lusa
25/08/2025 18:10 ‧ há 4 horas por Lusa

Política

Médio Oriente

"O PCP condena veementemente os crimes de Israel contra o povo palestiniano, incluindo o anunciado objetivo de colonizar a Faixa de Gaza, e insta o Governo português a adotar uma clara posição de condenação desta nova escalada e a desenvolver iniciativas efetivas que visem pôr fim imediato ao genocídio do povo palestiniano", lê-se num comunicado do PCP.

 

O partido afirma que o "genocídio que continua a ser evado a cabo por Israel contra o povo palestiniano intensifica-se, com a cumplicidade das grandes potências imperialistas", salientando que varas agências e estruturas da Organização das Nações (ONU) confirmam a situação de "fome aguda" na Faixa de Gaza.

O PCP refere que, desde que os Estados Unidos e Israel se substituíram na distribuição de alimentos à Agência das Nações Unidas para Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA, na sigla em inglês), "mais de duas mil pessoas foram mortas e 15 mil feridas".

"É neste contexto que o criminoso Governo de Netanyahu coloca o objetivo de ocupar plenamente e colonizar a Faixa de Gaza, concentrando e expulsando a sua população, ao mesmo tempo que anuncia oficialmente um plano de construção de colonatos israelitas na Cisjordânia", critica o PCP.

Para o PCP, "a impunidade com que Israel viola o direito internacional e o mais elementar humanismo apenas é possível porque os Estados Unidos da América e as grandes potências da NATO e da União Europeia se mantêm ao lado do Governo israelita".

"Uma realidade que não é alterada por iniciativas políticas anunciadas por vários países que, para além de não colocarem em causa os apoios a Israel, são acompanhadas de inaceitáveis exigências que desrespeitam a soberania e os direitos do povo palestiniano", refere-se, numa alusão ao possível reconhecimento, por países como a França, Reino Unido ou Canadá, do Estado da Palestina em setembro.

O PCP defende que "o imperialismo, particularmente o imperialismo norte-americano, está a levar a cabo uma ação para esmagar a legítima resistência dos povos do Médio Oriente e concretizar a sua recolonização", considerando que é nesse contexto que se inscrevem os ataques de Israel ao Líbano, Irão ou Síria.

"A dimensão dos crimes de Israel não pode ser mais escondida e revela a verdadeira face das potências imperialistas, de que o sionismo é instrumento no Médio Oriente", sustenta o partido.

O PCP considera urgente "pôr fim imediato ao genocídio na Palestina, garantir o acesso à ajuda humanitária, criar o Estado da Palestina e cumprir o direito de retorno dos refugiados palestinianos, conforme determinam as resoluções da ONU".

"O PCP apela aos trabalhadores e ao povo português a redobrar a sua ação em solidariedade com o povo palestiniano e os restantes povos que legitimamente resistem à ofensiva imperialista no Médio Oriente. É urgente travar a barbárie", lê-se.

Israel tem em curso uma ofensiva militar na Faixa de Gaza desde que sofreu um ataque do grupo extremista Hamas em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e o rapto de 250 pessoas, feitas reféns.

A ofensiva israelita provocou mais de 62.190 mortes em Gaza, a maioria civis, de acordo com dados do Ministério da Saúde de Gaza, considerados fiáveis pela ONU.

Há quase duas semanas, o Gabinete de Segurança de Israel aprovou o plano de ocupação da Cidade de Gaza, a expansão das operações militares a campos de refugiados na costa central do território, gerando uma vaga de críticas internacionais e dentro do país.

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