"Luta dos estudantes é determinante para o acesso democrático à educação"

O candidato à Presidência da República António Filipe lembrou o debate sobre propinas em que defrontou Pedro Passos Coelho, em 1992, numa altura em que, na sua opinião, "vamos iniciar um ano lectivo sob a ameaça do Governo PSD/CDS de aumento das propinas".

António Filipe

© Facebook / António Filipe

Natacha Nunes Costa
25/08/2025 12:57 ‧ há 3 horas por Natacha Nunes Costa

Política

António Filipe

Numa altura em que o Governo fala de um possível aumento do valor das propinas no Ensino Superior, o comunista e candidato a Presidente da República António Filipe lembra as batalhas que os estudantes já travaram nesta 'guerra', ao longo dos anos, e até um debate que o colocou frente a Pedro Passos Coelho, em 1992.

 

"Vamos iniciar um ano letivo sob a ameaça do Governo PSD/CDS de aumento das propinas. Quando, em 1992, o governo PSD decidiu aumentar brutalmente as propinas - que eram de 1.200 escudos anuais (6€) - o Governo e os seus apoiantes diziam que o aumento das propinas não seria para financiar as instituições mas apenas para aumentar o apoio social e melhorar a qualidade do ensino e que apenas pagaria quem 'tivesse possibilidades para o fazer'. Foi o que me disse Passos Coelho, num debate em que nos confrontámos sobre este assunto", recordou.

Segundo António Filipe, o PCP já sabia na altura, "e a vida provou-o, que o aumento das propinas levaria a que muitos estudantes fossem excluídos do Ensino Superior, que os governos não tinham qualquer intenção de reforçar a ação social escolar, e hoje sabemos o que sofrem os estudantes deslocados com os preços proibitivos da habitação e a falta de alojamento estudantil público".

Para o candidato à Presidência da República não há dúvidas que foi a "forte contestação estudantil" que levou "governos a recuar" em diversas situações e que esse exemplo deve ser agora seguido.

"Quando nova ameaça surge, a luta dos estudantes será determinante para concretizar o acesso democrático e universal à educação pública e aos graus mais elevados de ensino, como a Constituição consagra", assegurou numa publicação partilhada esta segunda-feira, 25 de agosto, na rede social X, recordando que "hoje, para além das propinas e do preço do alojamento, temos os exames nacionais, cujo peso na nota final o atual Governo reforçou, que levou a uma redução de 15% no número de candidatos no número mais baixo de colocados desde 2016".

Por isso, na opinião de António Filipe, "os estudantes precisam de um Presidente da República com que possam contar, que defenda os seus direitos e seja solidário com as suas lutas". "Podem contar comigo", assegurou o comunista.

Leia Também: Prémio Salarial por pagar. Milhares de alunos sem devolução das propinas

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