A corrida às eleições presidenciais viveu, esta quarta-feira, mais um episódio atribulado. Se por um lado, há novos candidatos, há também quem tenha abandonado a corrida. E há outros que prometem dar novidades em breve.
Enquanto António Sampaio da Nóvoa se colocou definitivamente fora da corrida presidencial, João Cotrim de Figueiredo, antigo líder da Iniciativa Liberal, anunciou que será candidato.
Se por um lado, o primeiro considera que não estão reunidas as condições "para uma candidatura aberta e plural, humanista, transversal", o segundo prometeu uma candidatura "mais abrangente" e aberta "a toda a gente".
Posto isto, são agora cinco os nomes confirmados para as presidenciais, enquanto somam-se já duas desistências. As candidaturas poderão não ficar por aqui. Vamos recordar o ponto da situação.
Cotrim junta-se a Seguro, Marques Mendes e Gouveia e Melo
Gouveia e Melo
Após meses de especulação, foi em maio que o Almirante Gouveia e Melo confirmou a sua candidatura às eleições presidenciais., referindo que a sua decisão foi tomada perante a "instabilidade interna que se tem prolongado" no país, devido a governos de curta duração e à falta de uma governação estável.
Luís Marques Mendes
Seguiu-se Luís Marques Mendes. O antigo presidente do PSD quer "ser o presidente de todos os portugueses" e já revelou que a "ambição para Portugal" é a sua "grande causa". "Quero ser o Presidente de todos os portugueses. Unir e não dividir", disse durante a apresentação da sua Comissão de Honra, em Lisboa.
António José Seguro
O antigo líder do Partido Socialista anunciou a sua candidatura em junho, defendendo que o "país precisa de mudança e esperança numa vida melhor".
"Decidi e anuncio hoje, no dia em que começa uma nova legislatura que vai exigir muito de todos nós: sou candidato a Presidente da República", referiu Seguro, que há meses andava a ser 'sondado' e questionado sobre se iria ou não avançar.
João Cotrim de Figueiredo
O eurodeputado da Iniciativa Liberal (IL) anunciou, esta quarta-feira, a sua candidatura à Presidência da República, tornando-se no mais recente nome na lista de candidatos.
"Posso anunciar que sim. Sou candidato à Presidência da República nas eleições que terão lugar em 2026", disse.
Questionado se seria candidato enquanto 'João' ou candidato do partido Iniciativa Liberal, Cotrim de Figueiredo salientou: "Quero fazer desta candidatura uma candidatura mais abrangente e abri-la a toda a gente que consiga imaginar um Portugal diferente do que ele é hoje".
António Filipe
No final do mês de junho, o comunista e ex-vice-presidente da Assembleia da República, António Filipe, juntou-se também à corrida a Belém.
"É o candidato da esperança para os trabalhadores, democratas, patriotas, mulheres e jovens que lutam por um Portugal mais justo, soberano e desenvolvido", adiantou Paulo Raimundo, secretário geral do PCP, aquando do anúncio da candidatura.
Outros nomes
Para além destes nomes mais sonantes, ainda em 2024, o coordenador nacional do Sindicato para Todos os Profissionais da Educação (Stop), André Pestana, anunciou também que ia avançar com a candidatura, assumindo-se como independente e "a favor dos trabalhadores".
Quem também avançou para Belém foi o empresário Tim Vieira, que diz ser um "candidato sem partido e sem fardas".
Quem está de fora
Nomes que foram apontados como possíveis candidatos mas que estão, definitivamente de fora, são os de António Sampaio da Nóvoa e Mariana Leitão.
O primeiro confirmou esta decisão também esta quarta-feira, referindo que o fez após "uma reflexão cuidada e aprofundada sobre o momento político que o país atravessa, e sobre as responsabilidades que um tal exercício exige".
Apesar de sublinhar que "a participação cívica é uma responsabilidade de todos", Sampaio da Nóvoa acrescentou: "não estão reunidas as condições para uma candidatura aberta e plural, humanista, transversal aos mais diversos setores da sociedade, como aconteceu nas eleições de 2016, nas quais recebi 23% dos votos".
Também Mariana Leitão, que se apresentou como candidata pela Iniciativa liberal em fevereiro deste ano, está fora da corrida. A deputada que entretanto substituiu Rui Rocha na liderança do partido desistiu desta candidatura por considerar que deveria estar focada apenas no partido.
Quem falta?
Apesar de composta, a lista de candidatos às eleições de janeiro parece não estar ainda concluída. Sabe-se que o presidente do Chega, André Ventura, convocou o Conselho Nacional do partido para o próximo dia 12 de setembro, com o intuito de ser decidido quem será o candidato às eleições presidenciais.
"O motivo são as eleições presidenciais. O partido não pode ficar fora delas e tem de se rever num candidato/a que represente os nossos valores. O recente veto de Marcelo Rebelo de Sousa à lei de estrangeiros mostra bem a importância que estas eleições têm para o Chega", anunciou.
[Notícia atualizada às 12h14]
Leia Também: Cotrim Figueiredo quer ser "farol de referência" e aponta aos jovens