"Eu quero ser um Presidente que seja mediador, e não apenas moderador (...) um Presidente ativo, proativo, que faz pontes, entendimentos e convergências, quer para evitar crises, quer para resolver problemas, impasses e bloqueios", afirmou, insistindo que o país "anda há 25 anos a marcar passo" e que "os diagnósticos estão todos feitos".
Marques Mendes sublinhou a necessidade de transformar esses diagnósticos em soluções, apontando como prioridades a "ambição, a estabilidade e o diálogo político".
"Não vou ser um Presidente de braços cruzados", sublinhou.
O antigo presidente do PSD criticou também a visão de curto prazo na política nacional e apelou ao cumprimento dos mandatos governativos.
"Não podemos ter eleições todos os anos. Isso não é modo de vida", advertiu.
Durante a visita à feira Nacional da Agricultura, em Santarém, que este ano assinala os 50 anos da fundação da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), o candidato presidencial justificou a sua presença como sinal de que a agricultura deve ser reconhecida como um setor estratégico para a coesão territorial e a segurança alimentar.
"O setor agrícola tem um défice de 5 mil milhões de euros entre importações e exportações (...) Isso mostra que precisamos de produzir mais (...) A agricultura não pode continuar a ser o parente pobre da economia", afirmou.
O candidato garantiu que pretende "dar visibilidade política e estratégica" ao setor, embora sublinhe que as políticas públicas competem ao Governo.
"O Presidente não governa, mas pode ter causas. E esta é uma causa que merece ser puxada para cima", afirmou.
Questionado sobre os restantes candidatos à Presidência da República, como Gouveia e Melo, Joana Amaral Dias e António José Seguro, Marques Mendes recusou-se a entrar em confrontos diretos, frisando que fará uma campanha "pela positiva" e que o verdadeiro adversário é "o empobrecimento do país".
"O país precisa de autoestima e crescimento. E é por isso que estou nesta campanha", afirmou.
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