"Procuraremos ir ao seu encontro [dos militantes e simpatizantes do PS] em todas as federações, concelhias, secções e, com os nossos camaradas militantes, ir ao encontro da sociedade civil, onde ela estiver no espaço público, procurando com ela construir e aperfeiçoar a nossa proposta política", afirmou José Luís Carneiro na entrega da sua moção estratégica à liderança do PS, na sede nacional do partido, em Lisboa.
O ex-ministro da Administração Interna do PS disse que a sua candidatura à liderança do partido está comprometida com "a história de conquista e de consolidação das liberdades, dos direitos, das garantias, da paz, da solidariedade e do bem-estar" que Mário Soares assumiu quando assinou o tratado de adesão à Comunidade Económica Europeia (CEE), há precisamente 40 anos.
Isso "significa não apenas uma proposta de resposta às necessidades dos quotidianos dos nossos concidadãos, mas também, e fundamentalmente, uma visão para o futuro do nosso país, alinhado com as grandes orientações das Nações Unidas e da União Europeia (UE)", disse.
Ao lado do fundador do PS e mandatário da sua candidatura, José Leitão, com três dossiês na mão com as assinaturas de apoio a José Luís Carneiro, o candidato frisou que há matérias que são "cruciais" para o partido.
"A defesa de um SNS, da escola pública, de uma Segurança Social pública e de continuarmos a garantir que o país cresce, que a sua economia cresce com base na inovação, no conhecimento, na criatividade, tendo em vista ter um choque de crescimento económico capaz de garantir melhores remunerações, salários e uma resposta mais condigna às futuras gerações", enumerou.
Numa sala em que estavam ex-deputados e governantes do PS como Luís Capoulas Santos, Eurico Brilhante Dias, Jamila Madeira, André Moz Caldas e a antiga eurodeputada Maria João Rodrigues, o candidato referiu que Portugal construiu-se "como democrático, livre, fraterno, justo e solidário" no quadro dos valores europeus e dos que estão consagrados na Carta das Nações Unidas.
"Esta moção que agora irá para o debate com os militantes e com os simpatizantes, e que conduzirá a nossa ação política até ao futuro congresso, é um novo compromisso, uma renovação deste compromisso histórico com estes valores fundamentais", disse.
José Luís Carneiro disse ser uma honra apresentar uma candidatura que está comprometida com os "valores fundadores do PS" e que, "tão importante quanto isso", pretende "reassumir uma visão de futuro" para o país e para a sociedade portuguesa.
As eleições internas para a liderança do PS realizam-se em 27 e 28 de junho e, até ao momento, José Luís Carneiro é o único candidato à sucessão de Pedro Nuno Santos, que se demitiu do cargo de secretário-geral do partido após os resultados das eleições legislativas de 18 de maio.
Leia Também: Carneiro entrega candidatura à liderança do PS: "Momento significativo"