Ex-cabeça de lista do PAN por Viseu deixa direção por divergências

A cabeça de lista do PAN por Viseu nas eleições legislativas de 2024, Carolina Pia, demitiu-se da comissão política nacional do partido, em divergência com a direção, na quarta saída dos órgãos dirigentes desde as eleições de dia 18.

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© PAN_Viseu/Instagram

Lusa
26/05/2025 21:01 ‧ ontem por Lusa

Política

Carolina Pia

A informação da saída de Carolina Pia foi confirmada pela própria à Lusa, que optou por não acrescentar detalhes.

 

Questionada pela Lusa, a direção do PAN confirmou a saída e relacionou-a com um inquérito interno motivado pela não apresentação de candidatura do PAN às legislativas de 2025, cuja responsabilidade era de Carolina Pia.

"A ausência desta candidatura representou um prejuízo significativo para o partido, não apenas do ponto de vista institucional e logístico, mas também no plano político, penalizando a nossa representação e capacidade de mobilização local", diz a direção do partido numa resposta enviada à Lusa.

Confrontada com esta justificação, Carolina Pia, que tinha optado por não comentar a sua demissão num primeiro momento, rejeitou qualquer relação entre o inquérito interno e o seu afastamento, esclarecendo que apenas adiou a sua saída até sábado para perceber se existia "espaço de escuta" dentro do partido.

Carolina Pia era responsável pela distrital do partido em Viseu e anunciou a sua decisão no passado sábado, no mesmo dia em que o PAN reuniu a sua comissão política nacional em Coimbra, na Escola Superior Agrária.

Cabeça de lista do PAN por Viseu nas legislativas de 2024 - círculo onde o partido acabou por não entregar candidatura nas eleições de 18 de maio -, Carolina Pia foi eleita para a comissão política nacional (o órgão máximo de direção política do PAN entre congressos) pela lista B, afeta à oposição interna à atual direção liderada por Inês de Sousa Real.

A demissão de Carolina Pia é a quarta saída dos órgãos dirigentes do PAN desde as eleições de dia 18, e junta-se às de Anabela Castro e Nuno Pires, que no mesmo dia das legislativas anunciaram a sua saída da comissão política nacional, e à de Pedro Fidalgo Marques, que anunciou no sábado a sua saída da comissão política permanente (embora mantendo-se na comissão política nacional).

No comunicado a que a Lusa teve acesso, Anabela Castro e Nuno Pires justificaram a sua saída com o "desacordo com o rumo atual da gestão interna do partido", alegando que o PAN deixou de ser "o espaço ético, respeitador coerente e plural que o diferenciava no panorama político nacional".

A 23 de maio, quando eram conhecidas apenas as saídas desses dois dirigentes, a porta-voz do PAN afirmou que tem liderado o partido com abertura, garantindo ter a "consciência mais do que tranquila" e recusando-se a alimentar o que considera serem narrativas "falsas e infundadas" sobre a sua direção.

Leia Também: Sousa Real diz estar de consciência tranquila e critica narrativas falsas

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