PS critica "bloco de direita radical", Chega fala de "diálogo democrático"

O líder parlamentar socialista acusou hoje a AD de ter construído com o Chega um "bloco de direita radical", com André Ventura a contrapor que aquilo que existe é "um novo diálogo democrático" que exige mudanças.

LISBON, PORTUGAL - JULY 06: Socialist Party Parliamentary Leader Eurico Brilhante Dias delivers remarks at the Portuguese Parliament during a no-confidence debate against the government on July 06, 2022, in Lisbon, Portugal. The Portuguese Parliament deba

© Getty Images

Lusa
17/07/2025 20:23 ‧ há 3 horas por Lusa

Política

Estado da Nação

Na intervenção de fundo da bancada do PS na reta final do debate do estado da nação, no parlamento, Eurico Brilhante Dias considerou que desde que Luís Montenegro é primeiro-ministro "o país está pior", acusando-o de ter aterrado "no colo" do líder do Chega, André Ventura.

 

"Este é o estado da nação. A AD construiu com o Chega um bloco de Direita. Um bloco radical que não olha para as medidas que toma", condenou, assegurando que o PS é a alternativa "credível, moderada e central".

Um dos pontos que mereceu mais críticas do líder parlamentar do PS foi a saúde.

"Senhora ministra da Saúde, com sorte ainda acaba presidente da CP. Os veículos também andam sobre carris como no caso do Metro, onde se albergou a sua ex-colega e ex-secretária de Estado da Saúde. É a meritocracia à moda da AD. Um prémio pela mais profunda incompetência. Uma imoralidade", condenou.

Já na sua última intervenção, André Ventura defendeu que "há hoje uma nova maioria em Portugal e há um novo diálogo democrático em Portugal".

"Há uma maioria que exige agora mudança e que não deixará mais a frouxidão e a mansidão de se submeterem permanentemente aos interesses ideológicos e políticos", afirmou o presidente do Chega, salientando: "Habituem-se, porque nós viemos para ficar".

O presidente do Chega dirigiu-se a Brilhante Dias para afirmar que no seu colo "não esteve nem Luís Montenegro como primeiro-ministro, nem nenhum ministro deste Governo".

André Ventura acusou o PS de dar "colo à corrupção" e considerou que o PSD deixou cair o 'D' para "ficar igual ao PS nos últimos 50 anos".

De seguida, o líder parlamentar do PS pediu a palavra para fazer a defesa da honra da bancada e referiu que "havia abundantes evidências" para tornar este debate num "julgamento de uma parte substantiva da bancada do chega" mas os socialistas escolheram não o fazer porque respeitam o "funcionamento da justiça".

"Há aqui gente que é saudosista de outros tempos. Nos outros tempos é que havia corrupção, mas ninguém era julgado", afirmou.

Já o líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, considerou que o estado da Nação hoje "é bem melhor do que aquele de há um ano e incomparavelmente melhor do que aquele que tínhamos há dois anos".

O social-democrata enalteceu as medidas anunciadas pelo primeiro-ministro durante o debate considerando que essas "são as certezas que resultam do debate e que interessam aos portugueses".

"Ao debate parlamentar, sobraram outras conclusões. São aquelas que menos importam aos portugueses, mas que importa também aqui concluir: entre as acusações de um PS frouxo, entre as acusações a um Chega fanfarrão, sobra mesmo a moderação da AD e um Governo que governa", rematou.

Nos pedidos de esclarecimento ao PS, Miguel Guimarães, do PSD, considerou que atualmente Portugal tem uns três D´s diferentes.

"D de demagogia do Chega, D de descaramento do PS e D de desaparecimento da extrema-esquerda", atirou.

Leia Também: Há farpas e "fanfarrões". Entre saúde e imigração, eis o Estado da Nação

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