Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, após o debate do estado da nação, André Ventura disse estar a "ultimar os convites" para o seu "governo sombra", referindo que já fez alguns mas falta finalizar algumas áreas, mas espera ter o executivo pronto "nas próximas semanas".
"Até porque é importante começar a próxima sessão legislativa com um governo sombra já a escrutinar a ação do Governo", disse, salientando que pretende fazer uma "sessão de apresentação pública" desse executivo.
Questionado assim se tenciona apresentar o "governo sombra" antes da retoma dos trabalhos da Assembleia da República, em 17 de setembro, André Ventura respondeu: "Nem que Jesus viesse à terra outra vez nós não teríamos o Governo sombra antes do reinício dos trabalhos parlamentares".
Sobre se esse governo alternativa vai ter uma composição parecida com o do atual executivo, Ventura disse que "será mais curto", mas "terá nomes também melhores do que os atuais".
Em 20 de maio, dois dias depois das últimas eleições legislativas, o líder do Chega anunciou, no final de uma audiência com o Presidente da República, que iria apresentar "um governo alternativo".
No dia seguinte, em entrevista à SIC, indicou que se trataria de um "governo sombra" constituído por "uma grande parte" de nomes de fora do partido, e referiu que o objetivo seria ter uma equipa pronta para governar o país, quando e se for necessário.
Noutra entrevista no mesmo dia, à TVI e CNN Portugal, André Ventura disse que o Chega iria apresentar "nas próximas semanas" um "governo sombra que fiscalize a atividade do governo nas várias áreas", constituído por "independentes, pessoas da sociedade civil com valor, pessoas que tenham currículo nas áreas da saúde, da habitação, da economia".
Mais tarde, em 06 de junho, disse que iria começar a fazer convites nesse mesmo dia.
Já em entrevista à Antena1 no dia 18 de junho, referiu não ter pressa e apontou a apresentação desta equipa para antes de o parlamento suspender a sessão legislativa para as férias de verão.
Apesar de anunciado em maio, o "governo-sombra" ainda não foi apresentado até agora.
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