Fernando Araújo, cabeça de lista do PS pelo distrito do Porto, discursava num almoço comício em Paços de Ferreira, Porto, que reúne ao início desta tarde quase mil pessoas, à entrada do qual Pedro Nuno Santos foi questionado sobre a nova indisposição de André Ventura.
"Troquei mensagens (...) Desejo as recuperações rápidas, as campanhas são duras, são intensas e nós temos que respeitar isso", respondeu o líder do PS.
Neste discurso, o candidato pelo Porto disse que, em situações como os dados que revelam o aumento da mortalidade infantil, durante o apagão ou a greve no INEM se ficou com "uma certeza" é que este Ministério da Saúde "nunca assume responsabilidades".
"Este é o padrão que o Ministério da Saúde nos tem habituado. Nas crises desaparece, escondem-se, nenhuma assunção de responsabilidades, nada, e, por isso, vos pergunto camaradas é na AD que querem confiar o destino da vossa saúde?", referiu Fernando Araújo.
O ex-diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS) centrou o seu discurso no setor da saúde e nas criticas à atuação do Governo neste último ano.
"Não são governantes, são meros comentadores", frisou.
O Correio da Manhã noticiou esta semana que a taxa de mortalidade infantil em Portugal subiu 20% em 2024, ano marcado por vários serviços de urgências de ginecologia e obstetrícia encerrados.
Fernando Araújo disse que o Ministério da Saúde se "apressou logo" a "apontar o dedo a todos os outros".
"Nada é responsabilidade deste Governo, nada, provavelmente porque nada fizeram. E a fórmula é sempre a mesma, vimos isso no INEM, quando algo acontece, rapidamente atiram as culpas a outros e nada tem a ver com eles", frisou.
E, acrescentou, na crise mais recente da falha de energia, "do Ministério da Saúde não saiu nenhuma informação, nenhuma orientação, ficaram a assistir e a comentar, tiveram um apagão neles próprios.
Fernando Araújo disse ainda que, no "plano envergonhado que consta no plano eleitoral da AD, bem encoberto para ver se os portugueses não percebem" o objetivo "é claro, destruir a confiança no SNS e com isso forçar os portugueses a aderir a sistemas privados".
Por isso, para Fernando Araújo, é tempo de optar "entre reforçar o SNS ou assistir à sua destruição".
[Notícia atualizada às 14h06]
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