"Está em recuperação, em descanso, está a seguir os conselhos dos médicos, que pediram para descansar durante o dia de hoje. Em princípio amanhã retomará a agenda. Foi uma noite difícil, foi submetido a uma série de exames", disse aos jornalistas Pedro Pinto, indicando que a campanha do Chega não vai sofrer alterações até sexta-feira.
O também cabeça de lista pelo círculo de Faro falava aos jornalistas durante uma arruada em Vila Nova de Milfontes, no distrito de Beja, que se realizou sem a presença de André Ventura, que se sentiu mal na terça-feira durante um comício em Tavira e teve que passar a noite no hospital de Faro.
O líder parlamentar do Chega disse também que o Chega manteve agenda sem a presença de André Ventura porque o presidente do partido manifestou a vontade que "se continuasse com as ações de campanhas".
"O Chega, ao contrário do que muitos querem fazer passar, não é só a cara e o rosto do André Ventura, é um partido equilibrado e com futuro", disse.
Sobre o "procedimento VIP" acionado pelo Hospital de Faro, que permitiu a André Ventura passar a noite num quarto individual, Pedro Pinto lembrou que o presidente do Chega "é um líder político especial porque é ameaçado e atacado nas ruas" e "é o líder de um partido que é a terceira força política em Portugal".
"Não podem querer que André Ventura vá para uma cama onde ao lado está uma pessoa de etnia cigana", comentou.
Questionado sobre o atendimento dado a André Ventura no hospital, que foi aquele que o partido tinha criticado no final de março quando o primeiro-ministro foi hospitalizado em Santa Maria, o cabeça de lista por Faro disse: "André Ventura entrou [no hospital] numa ambulância do INEM e não pelos próprios meios como o primeiro-ministro, e isso faz toda a diferença".
Pedro Pinto disse também que em Vila Nova de Milfontes existe "um problema com a imigração" e que as pessoas pedem para "combater isto por favor".
"Não sabemos qual a população total de Vila Nova de Milfontes. Isto é o fracasso total das políticas públicas em Portugal. É o resultado da política das portas escancaradas do PS e que este Governo do PSD não soube combater", afirmou, defendendo "tolerância zero" e que "quem está ilegal tem que ser devolvido ao país de origem rapidamente".
Sobre o ex-chefe do Estado Maior da Armada Henrique Gouveia e Melo ter hoje confirmado que é a candidato à Presidência da República, o líder parlamentar do Chega considerou que a apresentação da candidatura "em plena campanha eleitoral" tem como objetivo "desviar as atenções do país" e de uma campanha eleitoral "onde só o Chega tem apresentado propostas".
Disse ainda que é "para desviar as atenções do PS e do PSD que têm líderes tão fraquinhos que estão completamente fora desta campanha eleitoral".
Leia Também: André Ventura publica vídeo de agradecimento após episódio "assustador"