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Partidos com 'língua afiada' para Costa e ministra das Finanças

Carlos Costa, governador do Banco de Portugal e a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, vão ser ouvidos esta quinta-feira no Parlamento para esclarecerem a solução encontrada para o BES e, por isso, os partidos já prepararam uma lista enorme de perguntas para fazer aos dois governantes. Segundo o Expresso Diário existem várias questões, mas há uma que é comum a todos os partidos: "Como é que num momento tudo estava controlado e, de repente, deixou de estar?".

Partidos com 'língua afiada' para Costa e ministra das Finanças
Notícias ao Minuto

19:05 - 06/08/14 por Notícias Ao Minuto

Política Parlamento

Com a notícia de que o governador do Banco de Portugal (BdP), Carlos Costa, e a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, vão ser ouvidos amanhã no Parlamento, os partidos apressaram-se a elaborar uma lista de perguntas a fazer, lista essa a que o Expresso Diário teve acesso.

A questão que todos os partidos têm para fazer a Carlos Costa é, segundo o Expresso Diário, simples: “Como é que num momento tudo estava controlado e, de repente, deixou de estar?”

Os deputados da Comissão Parlamentar de Orçamento, Finanças e Administração Pública (COFAP) querem perceber todos os acontecimentos das últimas semanas antes de o Banco Espírito Santo ter sido dividido entre ‘banco mau’ e Novo Banco.

“Porquê este modelo? Quais as consequências previsíveis?”, estas são algumas das perguntas preparadas por Alberto Martins, deputado do Partido Socialista.

Já para Pedro Filipe Soares, do Bloco de Esquerda, a preocupação deveria centrar-se nas garantias que existem sobre o dinheiro dos contribuintes. “Esta solução não dá essas garantias”, garante Filipe Soares. E o comunista Agostinho Lopes realça que é preciso que “o Governo esclareça como não há prejuízo dos contribuintes se está a arriscar capital dos portugueses”.

Duarte Pacheco, do PSD, pretende que o governador do BdP esclareça este “caráter inovador” da solução escolhida. “Se não for esclarecido ficará sempre esta dúvida na próxima vez que disserem que está tudo controlado”, uma opinião que é aliás partilhada por Agostinho Lopes: “o Governador não pode andar durante meses a dizer que há solidez e depois, da noite para o dia, há um buraco do tamanho de uma cratera”.

Reservadas para a ministra das Finanças estão as dúvidas que passam pelas salvaguardas que existem sobre o dinheiro envolvido e pela forma como serão defendidos os interesses dos contribuintes.

O Partido Comunista vai mesmo mais longe e já tem uma pergunta ‘afiada’ para fazer: "Queremos saber se o Governo passou a ser dirigido pelo Banco de Portugal. Quem manda em quem?”.

Para os deputados esta história ainda não chegou ao fim, pois ainda há muito para acertar com o Novo Banco e é necessário perceber de que forma irá decorrer este processo.

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