Deputado do PCP critica "desgoverno" na preservação do património
O deputado do PCP na Assembleia Legislativa da Madeira, Edgar Silva, disse hoje que o "desgoverno" do executivo regional liderado por Alberto João Jardim é visível pela situação em que se encontra o património do arquipélago.
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Política Edgar Silva
"Uma das formas mais diretas para falar do jardinismo como uma fraude é lembrar o desgoverno completo e a consideração ruinosa como é olhado tanto do património da região", referiu, no período antes da ordem do dia da sessão plenária.
Para o deputado comunista, "o jardinismo é um monumental logro também pelo modo como tem negligenciado os bens públicos e o património regional".
Edgar Silva apontou exemplos que, no seu entender, espelham a degeneração do património regional, como o Solar do Aposento (em Ponta Delgada), a Quinta do Monte, a Torre do Capitão, o Forte do Lazareto, o espólio/palacete na Rua de São Pedro ou o Forte de São João Baptista.
O deputado lembrou que o Solar do Aposento, doado à região com o intuito de se construir um polo museológico, "está abandonado desde a morte da sua doadora, em 2003".
"O Governo ainda nem se dignou fazer o inventário de todo o espólio existente", acrescentou.
O comunista indicou ainda que na Quinta do Monte, onde viveu o último imperador do império austro-húngaro no seu exílio na Madeira, "já desabaram os tetos da casa principal" e referiu que o Forte do Lazareto "está a ser vandalizado".
Alberto João Jardim é presidente do Governo Regional da Madeira desde 18 março de 1978, tendo já anunciado que se retirará do poder em janeiro de 2015, após as eleições internas do partido e o congresso do partido, a 10 de janeiro.
Na sessão de hoje, a Assembleia da Madeira aprovou, por unanimidade, um voto bilingue de protesto apresentado pelo PAN contra a violência na Faixa de Gaza, na Ucrânia, no Tibete, na Síria e na Nigéria, "contra todos aqueles que procuram uma solução através da violência".
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