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Forças Armadas em declínio? "Problema que não tem a ver com este Governo"

As palavras são da socialista Ana Gomes, em comentário sobre as dificuldades em Portugal no recrutamento de militares.

Forças Armadas em declínio? "Problema que não tem a ver com este Governo"
Notícias ao Minuto

23:14 - 20/08/23 por Inês Frade Freire

Política Ana Gomes

Um dia após a ministra da Defesa ter reconhecido que estão a existir dificuldades em Portugal no recrutamento de militares e um aumento no volume de saídas, a socialista Ana Gomes considerou, este domingo, que "é um problema que não tem a ver com este Governo".

"Tem tudo a ver com os baixos salários, com a desvalorização das Forças Armadas, com a desvalorização do seu equipamento, pelo menos desde a década em que Paulo Portas passou pelo Ministério da Defesa", apontou Ana Gomes, no seu habitual espaço de comentário da SIC Notícias.

Na ótica da ex-candidata presidencial, tem sido vista "uma convergência não assumida transversal aos partidos para mal gerir ativos do Estado". Como exemplo, recorda a privatização dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo.

Recordando o episódio em que a Marinha falhou uma missão de acompanhamento de um navio russo a norte da ilha de Porto Santo, na Madeira, após 13 militares terem recusado embarcar por razões de segurança, Ana Gomes elabora que "esta é uma das questões sobre a qual devia ter havido muito mais sensibilidade política".

Ana Gomes argumentou ainda que "termos mais mulheres nas Forças Armadas é essencial", mas também "sermos implacáveis contra os sádicos que aparecem e são responsáveis, volta e meia, por termos recrutas a irem para ao hospital". Sobre este último aspeto, a socialista é da opinião que "dissuade muito os jovens" a ingressar nas Forças Armadas.

Aludindo às dificuldades, a socialista concluiu: "Esta era uma questão que merecia que o Presidente da República tivesse outro tipo de empenhamento, por exemplo pondo na agenda do Conselho de Estado e exigindo que medidas sejam tomadas".

Recorde-se que uma notícia do semanário Expresso de sexta-feira, deu conta que a Marinha e o Exército registaram máximos de saídas inesperadas em 2022, tendo as Forças Armadas portuguesas perdido nesse ano 7,2% dos efetivos.

Questionada sobre o assunto, a ministra da Defesa, Helena Carreiras, disse que estão em curso um conjunto de medidas para lidar com estas dificuldades.

Leia Também: Defesa? Presidente da República "tem revelado grande insensibilidade"

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