Chega adia Cimeira da Direita por "perseguição de alguns dos convidados"

De acordo com o presidente do partido, André Ventura, "alguns dos principais convidados têm estado sujeitos, envoltos em manobras de manietação e, até, no caso do ex-presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, de apreensão e retenção do seu passaporte, impedindo-o de viajar a poucos dias da Cimeira ocorrer".

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Inês Frade Freire com Lusa
04/05/2023 15:56 ‧ 04/05/2023 por Inês Frade Freire com Lusa

Política

André Ventura

O Chega suspendeu a Cimeira Mundial da Direita - encontro que juntava em Portugal figuras da direita internacional - devido à "perseguição a que alguns dos principais convidados têm estado sujeitos", tais como Jair Bolsonaro, anunciou o presidente do partido, André Ventura.

"O Chega terá que suspender e reagendar para uma data posterior a Cimeira Mundial da Direita que estava prevista para os dias 13 e 14 de maio", referiu, num vídeo publicado na rede social Twitter.

Segundo o líder partidário, "a perseguição a que alguns dos principais convidados têm estado sujeitos, envoltos em manobras de manietação e, até, no caso do ex-presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, de apreensão e retenção do seu passaporte, impedindo-o de viajar a poucos dias da Cimeira ocorrer, revelam bem o espírito de agressividade, de condicionamento e de ameaça em que certos países reina e que querem fazer contra a Direita mundial", acrescentou.

André Ventura criticou "o espírito de agressividade, de condicionamento e de ameaça que em certos países reina" e manifestou "indignação e estupefação face ao ataque cirúrgico, focado e coincidente com a data em que muitos deles iriam viajar para o estrangeiro, para Lisboa".

"Vamos voltar a organizá-la com mais força e com mais firmeza, porque nós sabemos que o futuro não é o socialismo, o futuro é a direita a Governar as suas nações no respeito pela sua identidade, pela suas tradições e a promover o crescimento e a prosperidade que os nossos cidadãos esperam", indicou o presidente do Chega.

Na descrição do vídeo, André Ventura diz ainda não ter dúvidas de que "a apreensão do passaporte do ex-Presidente Bolsonaro teve como objetivo impedir a sua vinda a Lisboa e é uma retaliação direta ao protesto do Chega contra o Presidente Lula no 25 de Abril".

"Mas não nos vão enfraquecer nem anular. Voltaremos!", termina a nota.

Recorde-se que, no passado dia 23 de março, André Ventura confirmou que estava a organizar um "evento de grande dimensão" para juntar em Lisboa líderes da extrema-direita europeia e também os ex-presidentes do Brasil e dos Estados Unidos, Jair Bolsonaro e Donald Trump.

Em conferência de imprensa, em Lisboa, André Ventura indicou que o partido convidou também "vários líderes da direita europeia", entre os quais Santiago Abascal, do espanhol Vox, e a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, que o Chega "gostava muito de ter em Portugal".

O objetivo deste evento, disse na altura, é ser semelhante à Conferência da Ação Política dos Conservadores (CPAC, na sigla em inglês), considerada a mais importante reunião do movimento ultraconservador nos Estados Unidos da América.

"A ideia era ser muito semelhante ao CPAC norte-americano", com intervenções, conferências, momentos de interação e "comícios em alguns momentos com alguns líderes mais populares ou com maior mobilização", referiu.

Matteo Salvini já esteve presente em 2021 num congresso do Chega que decorreu em Coimbra.

[Notícia atualizada às 16h50]

Leia Também: Bolsonaro chora em direto e diz que não cometeu "nenhuma fraude"

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