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Gomes Cravinho cometeu "erro capital" com derrapagem no hospital militar

O presidente do PSD considerou hoje que o ministro João Gomes Cravinho cometeu um "erro capital", quando tutelou a área da Defesa, ao desvalorizar os avisos de derrapagem financeira nas obras do Hospital Militar de Belém.

Gomes Cravinho cometeu "erro capital" com derrapagem no hospital militar
Notícias ao Minuto

20:16 - 08/02/23 por Lusa

Política Luís Montenegro

"O erro capital do doutor João Gomes Cravinho, enquanto ministro da Defesa Nacional, foi ter desvalorizado os avisos que lhe foram endereçados a propósito daquele investimento e da derrapagem financeira que ele estava a comportar", disse Luís Montenegro, ao comentar a audição do ministro, hoje, no parlamento.

O líder do PSD falava aos jornalistas no concelho de Gouveia, onde visitou Casais de Folgosinho, uma zona afetada pelos incêndios na serra da Estrela, na freguesia de Folgosinho, no âmbito da iniciativa "Sentir Portugal".

Sobre a audição, o líder do PSD acrescentou: "E aquilo que é preciso nós termos a certeza absoluta, é se o ministro desvalorizou e com isso negligenciou o facto de se ter gasto muito mais dinheiro do que aquele que era devido e de grande parte de esse dinheiro ter sido indevidamente adstrito àquele projeto".

"Isso, francamente, pela informação que pude recolher até ao momento, ainda não está suficientemente claro. O que vale por dizer que o ministro não tem respostas cabais às questões que lhe são colocadas", afirmou.

Montenegro considerou que na audição ficaram mais evidentes "algumas das contradições" do ministro e que assistiu a "um saca-rolhas a puxar" informações do ministro dos Negócios Estrangeiros.

"Este é um Governo de meias verdades ou, se quisermos ver de outro prisma, é um Governo de meias mentiras e, infelizmente, isso retira autoridade política aos membros do Governo e isso retira, também, a capacidade de eles serem mais úteis ao país e cumprirem o programa", concluiu.

O ministro dos Negócios Estrangeiros afirmou hoje que a primeira informação sobre "o real custo das obras" no Hospital Militar de Belém não chegou ao Ministério da Defesa "por exceder o tamanho limite das mensagens", sendo recebida mais tarde.

"A primeira informação que recebo sobre o real custo das obras vem através de um ofício, no qual o meu chefe de gabinete estava em cópia, a 23 de junho de 2020, embora com informação não sistematizada e pouco fundamentada. Esse ofício tinha aparentemente sido enviado por Alberto Coelho [diretor-geral de Recursos da Defesa] em 20 de abril, mas não chegou aos destinatários por exceder o tamanho limite das mensagens e portanto ser recusado pelo servidor", detalhou Gomes Cravinho.

O governante, que tutelou a Defesa entre 2018 e 2022, foi hoje ouvido no parlamento no âmbito de uma audição requerida pelo PSD, momento em que recuperou a cronologia dos acontecimentos e detalhou algumas informações sobre o processo de reconversão do antigo Hospital Militar de Belém -- que tinha um custo inicial de 750 mil euros e acabou em 3,2 milhões.

Leia Também: Cravinho diz que "sobrestimou" currículo de ex-diretor e admite que errou

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