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Chega? "Um discurso de ódio, de desrespeito pelos portugueses"

Ana Catarina Mendes falou após assistir ao encerramento da Convenção do Chega, na qual marcou presença em representação do Governo, e defendeu que ouviu "um incitamento ao ódio".

Chega? "Um discurso de ódio, de desrespeito pelos portugueses"

Ana Catarina Mendes, ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, voltou, este domingo, a afastar o Governo do Chega, depois de assistir ao encerramento da Convenção Nacional do partido, em Santarém, que terminou com um discurso de André Ventura.

"Mais uma vez fica claro, há todo um mundo que distingue e que afasta o Chega do Governo. O Governo não se revê em nenhuma das posições que o Chega aqui apresentou", disse a governante, em declarações aos jornalistas.

"Aquilo que aqui assistimos, é aquilo que nunca defenderemos, um discurso de ódio, um discurso de desrespeito pelos portugueses, um discurso de ataque, de portugueses contra portugueses", acrescentou, defendendo que o Governo "continuará a trabalhar, como sempre, para reforçar a Democracia, para respeitar as instituições".

Depois de lembrar a pandemia, Ana Catarina Mendes referiu-se à guerra na Ucrânia para reforçar que o Executivo socialista continuará a "proteger" todos aqueles que vivem em Portugal, num momento que deveria ser de "cooperação".

"Vivemos hoje uma guerra na Europa e uma guerra que é motivada pelos discursos de ódio e pelo individualismo e falta de cultura daquilo que deve ser a cooperação - e que deve ser uma União Europeia, que foi criada para que haja paz, justiça social e cooperação entre todos", notou.

"É por isso que num cenário desta guerra, com os sintomas da inflação, o Governo não se desviará daquilo que tem de fazer: responder às necessidades dos portugueses, mantendo o seu emprego, mantendo um Estado Social forte, que proteja todos - os que cá estão, os que cá chegam - porque é assim que nós entendemos Portugal. Portugal é um país que acolhe o mundo, que acolhe todos aqueles que aqui chegam e todos têm direito e merecem ser tratados com a dignidade que se impõe", afirmou ainda.

Interrogada sobre se o Executivo não dá razão a André Ventura, que diz que o Chega já é um partido de governo, ao marcar presença na referida Convenção, Ana Catarina Mendes especificou que este se tratou de um convite institucional.

"Perante um convite institucional, o Governo marcou a sua presença institucionalmente. E volto a reforço a distância total e nenhum ponto de contacto do Governo com o partido Chega. Aquilo que aqui ouvimos foi um incitamento ao ódio", respondeu, esclarecendo ainda que o Executivo não foi convidado a marcar presença  na VII Convenção da Iniciativa Liberal, que se realizou na semana passada.

Questionada ainda sobre o tema que marcou a Convenção - um acordo do Chega com o PSD - a ministra recusou-se a comentar.

Sublinhe-se que Ana Catarina Mendes assistiu ao encerramento do encontro, no qual se ouviram os intervenções de dirigentes de oito partidos da extrema-direita europeia e o discurso final de André Ventura, reeleito sábado presidente do Chega.

[Notícia atualizada às 20h07]

Leia Também: Convenção. Direção Nacional do Chega eleita com 91,9%% dos votos

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