IL. Nuno Morna critica governação de Albuquerque e rejeita acordos
O dirigente da Iniciativa Liberal (IL) na Madeira Nuno Morna, e apoiante de Rui Rocha, criticou hoje a governação do PSD naquela região autónoma liderada por Miguel Albuquerque e rejeitou acordos com os sociais-democratas madeirenses.
Política IL/Convenção
O liberal -- que saudou a sala com um "Boa noite, queques!" - subiu ao púlpito da VII Convenção Nacional da IL, no Centro de Congressos de Lisboa, para falar sobre "linhas laranjas".
"O partido na Madeira só deve estar disponível para aprovar em sede própria propostas que se enquadrem no pensamento liberal e se aproximem do nosso modo de ver as coisas. Não doutor Miguel Albuquerque, não PSD/madeira, com o vosso estatismo socializante não há acordos!", clamou, numa intervenção inflamada.
Nuno Morna, que integra a lista 'L' à Comissão Executiva, de Rui Rocha, salientou que "ao fim e 46 anos de governos do PSD na Madeira, a região autónoma é a região do país com maior risco de pobreza".
"Na Madeira, o setor empresarial do estado controla as atividades essenciais. Ainda vamos mais longe do que o que se passa no socialismo do continente, estando nas mãos governamentais regionais setores essenciais como a eletricidade, a gestão das águas, passando pelas estradas portos e, pasme-se, a comercialização da banana", salientou.
"Acordos com esta gente?", questionou repetidamente durante a sua intervenção.
Nuno Morna criticou um "'estado paizinho' que tudo assume e tudo decide por todos tornando-se assim em fator de inibição da liberdade".
"Cultiva-se a cunha, o compadrio, o aparelhismo partidário, o nepotismo e o 'amiguismo' que matam o mérito", lamentou.
Citando João Cotrim Figueiredo, o madeirense afirmou: "O liberalismo funciona e faz falta à Madeira!".
"E é por tudo isto que estou com a lista L e com o Rui Rocha, porque o acho a pessoa indicada para que isto possa ser aplicado", rematou.
De acordo com a Lei Eleitoral da Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira, o sufrágio realiza-se entre dia 22 de setembro e 14 de outubro e é marcado pelo Presidente da República com a antecedência mínima de 60 dias (ou, em caso de dissolução, com a antecedência mínima de 55 dias).
O PSD e o CDS-PP já anunciaram em julho do ano passado que vão concorrer juntos às eleições legislativas da Madeira em 2023, renovando a coligação que governa a região desde 2019.
O PSD e o CDS-PP assinaram um acordo de coligação parlamentar e governamental em 2019, na sequência das eleições regionais desse ano, quando os sociais-democratas perderam a maioria absoluta com que sempre governaram a região autónoma, e mantiveram-no nas autárquicas de 2021.
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