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Bernardo Blanco alerta contra divisões internas na IL: "Não caímos nisso"

O deputado da IL Bernardo Blanco avisou hoje que "há quem queira dividir" os liberais e pediu ao partido que "não caia nisso", mas deixou acusações à adversária Carla Castro de "ausência de estratégia" para fora.

Bernardo Blanco alerta contra divisões internas na IL: "Não caímos nisso"
Notícias ao Minuto

20:44 - 21/01/23 por Lusa

Política IL/Convenção

O deputado, que integra a lista da Comissão Executiva do candidato à liderança Rui Rocha, apelou a que, depois da Convenção, desapareçam todas as divisões.

"Só é possível fazer isto com o partido unido, depois de três meses de campanha interna temos oportunidade de dizer aos portugueses que IL maior, melhor e mais forte. Há quem nos queira dividir como já fizeram com outros partidos, mas nós não caímos nisso. Não, não, não", apelou.

O deputado liberal apelou a essa união para que o partido possa confrontar o primeiro-ministro, António Costa.

"Vamos dizer com coragem para o senhor primeiro-ministro tirar a mão do bolso dos portugueses e por a mão na consciência porque o seu tempo chegou ao fim", disse.

No entanto, Bernardo Blanco voltou às críticas à moção de estratégia da adversária Carla Castro, que considerou "só ter medidas para dentro e não visão externa para o país".

Pouco antes, Paulo Carmona, escolhido por Carla Castro para ser vice-presidente, defendeu que o "Conselho Nacional não é um parlamento" e que "o partido não é uma rede social".

O dirigente referiu que a lista M não acredita em fações e "conta com todos", assegurando que foi feita pela parte da sua candidatura uma "campanha positiva, trabalhando para a união" porque é preciso "trabalhar para unir o partido na segunda-feira".

O membro Pedro Lencastre foi um dos que trouxe à discussão a questão do Chega e perguntou qual o posicionamento dos candidatos sobre eventuais acordos com o partido de André Ventura.

"Queria falar de algo que se passou esta semana muito grave na Assembleia da República que foi um insulto feito à deputada da nação Patrícia Gilvaz. Estamos contigo, estamos aqui para te apoiar. Este insulto mostrou uma coisa: não há possível ligação àquele partido. Não há", tinha criticado Pedro Lencastre numa intervenção noutro ponto da ordem de trabalhos, que gerou uma ovação da sala.

No período de respostas pela lista L -- que é encabeçada por Rui Rocha -, Mário Amorim Lopes considerou que o "Chega não tem absolutamente nada para dar" e que "não será a certamente a IL a dar mão ao Chega" porque com o partido de André Ventura "não se celebra acordos", não tendo as restantes listas, por enquanto, abordado este tema.

Esta fase da discussão começou perto das 18:00, depois de os três candidatos à liderança -- Rui Rocha, Carla Castro e José Cardoso -- terem apresentado as suas moções de estratégia global, tendo sido aberto um período de mais de duas horas de pedidos de esclarecimento sobre os documentos.

Cada membro tinha apenas um minuto para intervir, o que provocou protestos de alguns deles, e às listas era dada oportunidade para responder ao fim de cada ronda de cinco perguntas, o que quase nunca aconteceu.

Entre as intervenções, algumas apenas de 'claque' para com um dos candidatos, também houve muitos membros que colocaram questões concretas, quer em termos internos, quer sobre áreas da governação, como ambiente, economia ou pensionistas.

Em alguns momentos, a Mesa teve de interromper insistentemente os oradores, por ultrapassarem em muito o seu tempo.

Se a crítica mais comum a Carla Castro foi por não se ter demitido da comissão executiva cessante, de que agora se demarca e critica, Rui Rocha foi apontado por vários membros como "sucessor dinástico" de João Cotrim Figueiredo, que lhe manifestou apoio imediato.

Muitos apelaram a que o partido se virasse para fora por estarem "fartos dos socialistas", considerando até "infantil" parte da discussão na Convenção, enquanto outro membro aludiu a um suposto princípio da ciência política para deixar um aparente apelo contra o seguidismo.

"Pior do que ser totó, é ser mémé", disse.

A pausa para jantar pelas 20h30 foi saudada com um forte aplauso, retomando os trabalhos pelas 22h00.

Leia Também: Deputado da IL nos Açores defende "continuidade renovada" com Rui Rocha

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