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Defesa? "Não se acusa de esconder factos quem envia indícios a tribunal"

O deputado socialista e comentador político defendeu ser necessário perceber o que se passou na primeira auditoria ao Ministério da Defesa Nacional.

Defesa? "Não se acusa de esconder factos quem envia indícios a tribunal"
Notícias ao Minuto

08:16 - 21/12/22 por José Miguel Pires

Política Defesa

Sérgio Sousa Pinto, deputado socialista e comentador político, aproveitou o seu espaço de comentário regular na CNN Portugal para esclarecer, no âmbito do caso de alegada corrupção no Ministério da Defesa Nacional, que "não se pode acusar ninguém que envia o resultado duma auditoria, um documento contendo factos que constituem indícios de prática de ilícitos, de pretender ocultar factos", depois de esclarecer que, neste processo, o Ministério Público enviou os documentos do caso para o Tribunal de Contas.

"Isso não é justo", considerou Sousa Pinto, quando falava sobre a "dimensão política" deste caso, que culminou na constituição de 19 arguidos e está neste momento na 'espuma dos dias'.

Sobre este assunto, "podemos fazer leituras a dois títulos: judiciais e políticos", acredita o deputado, considerando que "a dimensão política tem a ver com várias questões que não estão suficientemente esclarecidas".

"Alberto Coelho não se nomeou sozinho. Era interessante conhecer as razões que recomendaram a sua nomeação - está, neste momento, constituído arguido e detido -, diante de um conhecimento que já existiria, sobretudo no Ministério da Defesa Nacional, sobre irregularidades graves", argumentou Sousa Pinto, pedindo, neste âmbito, um estudo mais profundo do primeiro inquérito deste caso.

"É preciso saber sobre a primeira auditoria. O que vai na primeira auditoria? São factos com relevância criminal? Se eram, era matéria do conhecimento dos responsáveis. Mas não está excluída a possibilidade de que a primeira auditoria já continha indícios suficientes que recomendavam a remissão dos seus resultados para o Ministério Público", diz.

No início deste mês, a Polícia Judiciária deteve cinco pessoas, entre elas três altos quadros da Defesa e dois empresários, numa operação intitulada 'Tempestade Perfeita', resultando num total de 19 arguidos. Está a ser investigada uma alegada derrapagem ligada às obras de requalificação do antigo Hospital Militar de Belém.

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