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Câmara de Almada tratou como "objetos" pessoas do 2.º Torrão na Trafaria

A coordenadora do Bloco de Esquerda acusou hoje a Câmara Municipal de Almada de ter realizado um processo desumano no realojamento dos moradores do bairro do segundo Torrão, na Trafaria, tratando as pessoas como objetos.

Câmara de Almada tratou como "objetos" pessoas do 2.º Torrão na Trafaria
Notícias ao Minuto

13:57 - 03/11/22 por Lusa

Política Catarina Martins

Catarina Martins falava hoje durante uma visita ao bairro do 2º Torrão, na Trafaria, concelho de Almada, onde algumas casas foram demolidas e as pessoas realojadas devido ao risco de derrocada das construções situadas sobre uma linha de água que atravessa o bairro.

Este procedimento decorreu na primeira semana de outubro e a forma como tem sido conduzido tem vindo a ser criticada pelos moradores, oposição e organizações como a Amnistia Internacional.

Na visita ao bairro, a líder do Bloco de Esquerda lançou um apelo ao Estado Português "para que se comporte como uma pessoa de bem e olhe para cada cidadão e cidadã com respeito" e acusou a autarquia de conduzir o processo de uma forma que considera não ser digna de um Estado de direito e que ofende a democracia.

"Quem aqui vive trabalha e muito, trabalha muito por pouco salário. Quem aqui vive constrói este país todos os dias e não pode ser tratado assim", disse Catarina Martins em declarações à comunicação social.

A coordenadora do BE acrescentou que os moradores do bairro exigem um direito de cidadania de serem tratados com respeito, considerando que o mesmo não está a ser feito pela autarquia de Almada.

"A Câmara Municipal de Almada faz um processo de desumanização desta gente, achando que os pode tratar como objetos", disse.

Para Catarina Martins o que é fundamental neste momento é que todas as pessoas que ficam sem a habitação tenham um programa de realojamento e que as soluções não sejam de um mês ou dois.

As soluções, defendeu, devem permitir que as pessoas possam reconstruir as suas vidas, mudar as suas crianças de escola, organizar a sua profissão e viver em casas com condições de habitabilidade.

As declarações da líder do BE ocorrem depois de ter ouvido relatos dos moradores de que algumas das casas onde se encontram alojados não têm gás, água e luz e num dos casos ter uma fuga de gás.

"Ter uma habitação não pode ser um luxo, ninguém pede aqui uma habitação de luxo. Pede uma coisa tão simples como uma casa com condições de habitabilidade por um preço que possa pagar e é isso que a Câmara Municipal de Almada é responsável por garantir", frisou.

Leia Também: Uma das zonas da vala do 2º Torrão na Trafaria "desabou"

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