BE defende reposição de ligação marítima no grupo oriental no verão
O deputado do BE/Açores António Lima defendeu hoje a reposição de uma operação marítima entre as ilhas do grupo oriental (São Miguel e Santa Maria), enquanto decorrem os estudos sobre transporte marítimo no arquipélago.
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Política Açores
Citado numa nota de imprensa, o deputado, que esteve hoje reunido, em Vila do Porto, com a Associação Comercial e Industrial da Ilha de Santa Maria, considera que até os estudos sobre o transporte marítimo no arquipélago "estarem concluídos, Santa Maria não pode continuar a ser prejudicada".
De acordo com o parlamentar, o aumento de passageiros no transporte aéreo "não compensou totalmente a redução dos passageiros que utilizavam o transporte marítimo", tendo-se registado "uma redução de quase 7% de passageiros no período entre janeiro e agosto de 2022 em comparação com 2019".
"O fim abrupto do transporte marítimo de passageiros para Santa Maria afetou não só o turismo, mas também o acesso à saúde. Este ano, na época alta verificaram-se enormes dificuldades na marcação de viagens entre Santa Maria e São Miguel para consultas, obrigando os utentes e acompanhantes a ter que prolongar a sua estadia em São Miguel por vários dias além do necessário, à espera de lugar na SATA, o que representa enormes custos, quer para a região, quer para as próprias pessoas", refere o BE/Açores na nota.
Para António Lima, a "forma como o Governo Regional tomou a decisão de acabar com transporte marítimo de passageiros entre Santa Maria e São Miguel, sem sequer ouvir as forças vivas da ilha, foi uma falta de respeito" e está "a prejudicar a economia e o acesso à saúde".
O deputado esteve também reunido com o conselho de administração da Unidade de Saúde da Ilha de Santa Maria, tendo defendido a necessidade de medidas que permitam a fixação de médicos e enfermeiros em todas as ilhas dos Açores.
De acordo com António Lima, os incentivos existentes para os médicos "não funcionam como incentivos à fixação, porque são limitados no tempo e porque não se aplicam aos médicos que já trabalham na ilha, o que cria situações de grande injustiça".
O parlamentar recorda ainda que "continuam por regulamentar os incentivos à fixação de enfermeiros", sendo que "só com a melhoria das condições de trabalho e de remuneração será possível atrair e manter na região os médicos e enfermeiros em número necessário em todas as ilhas".
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