A porta-voz do PAN, Inês de Sousa Real, criticou esta quarta-feira, nas redes sociais, as "borlas fiscais à indústria petrolífera" que, nas suas palavras, o Governo mantém desde 2020.
Numa publicação, Inês de Sousa Real começou por esclarecer que, "em 2020, a Galp beneficiou de 588 milhões de euros por via do ISP [Imposto sobre Produtos Petrolíferos]" o que, a seu ver, deveria ter sido eliminado gradualmente.
"Ao invés da eliminação progressiva desta isenção e da regulamentação dos preços para aliviar as famílias e as empresas, o governo manteve as borlas fiscais à indústria petrolífera em 2021 e 2022", frisou.
A líder do PAN esclareceu, por fim, que "somam-se agora lucros de 420 milhões de euros", salientando que esta é "uma decisão ao arrepio das recomendações da OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico] e da ONU [Organização das Nações Unidas]".
Na sua opinião, o Governo continua "a beneficiar quem mais polui e lucra ao invés de chegar-se a quem precisa".
Em 2020 a Galp beneficiou de 588M€ por via do ISP. Ao invés da eliminação progressiva desta isenção e da regulamentação dos preços para aliviar as famílias e as empresas, o governo manteve as borlas fiscais à indústria petrolífera em 2021 e 2022! Somam-se agora lucros de 420M€!
— Inês de Sousa Real (@lnes_Sousa_Real) July 27, 2022
De recordar que, em maio, o ministro do Ambiente garantiu que o Governo "não hesitará em atuar" caso se comprove que há gasolineiras a incumprir a redução do preço dos combustíveis imposta com a decisão de descer o ISP.
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