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Chega vai hoje pedir demissão da ministra da Saúde

O Chega vai pedir hoje a demissão da ministra da Saúde na sequência do encerramento de urgências de ginecologia e obstetrícia de vários hospitais do país, considerando que Marta Temido não tem "condições políticas" para continuar no Governo.

Chega vai hoje pedir demissão da ministra da Saúde
Notícias ao Minuto

12:02 - 20/06/22 por Lusa

Política CHEGA

"O Chega vai hoje mesmo escrever ao senhor primeiro-ministro a pedir-lhe a demissão da ministra da Saúde por falta de condições políticas evidentes para continuar no exercício do cargo", afirmou o presidente do partido num vídeo enviado à comunicação social.

André Ventura lembrou que o seu partido requereu um debate de urgência no parlamento sobre a situação nas urgências de obstetrícia e ginecologia, mas criticou que "a ministra da Saúde, chamada ao parlamento, não deu nenhuma justificação acerca do caos do Serviço Nacional de Saúde".

Defendendo que "não se pede a demissão de ministros sem que eles possam esclarecer os motivos pelos quais falharam ou pelos quais os serviços que tutelam estão em desorganização e em caos absoluto", o líder do partido de extrema-direita apontou que Marta Temido "continuou sem apresentar nenhuma solução e a apresentar um plano de contingência que não vai resolver absolutamente nada".

E referiu que, se a ministra da Saúde estava de férias quando a situação nos hospitais se começou na complicar, como noticiou o semanário Nascer do Sol, isso "é absolutamente inadmissível e intolerável".

Por isso, o Chega entende "que não se deve esperar mais, e o senhor primeiro-ministro deve, tão depressa quanto possível" substituir a ministra por "um novo rosto, capaz de assumir a luta, assumir as dificuldades, assumir os desafios, não fugir, não virar a cara e assumir que há muito trabalho a fazer na saúde".

"E esse trabalho não se coaduna com o que a senhora ministra Marta Temido tem feito", defendeu André Ventura.

Na sexta-feira, o primeiro-ministro afirmou que mantém a confiança na ministra na Saúde e nas medidas anunciadas.

"Com certeza, como sabe é um clássico da oposição pedir demissão de membros do Governo", afirmou António Costa em declarações aos jornalistas.

Nos últimos dias, alguns serviços de urgência de obstetrícia e ginecologia e bloco de partos de vários pontos do país tiveram de encerrar por determinados períodos ou funcionaram com limitações, devido à dificuldade dos hospitais em completarem as escalas de serviço de médicos especialistas.

A ministra da Saúde anunciou um "plano de contingência" até setembro para fazer face ao problema que se vive no setor, com a criação de uma comissão para acompanhar a resposta das urgências de ginecologia e obstetrícia e bloco de partos dos hospitais, a abertura de cerca de 1.600 vagas para médicos recém-especialistas e a atualização salarial para clínicos em serviço de urgência.

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