O exército israelita anunciou, esta terça-feira, que matou o comandante militar iraniano Ali Shadmani.
Segundo esta força, o comandante morreu na sequência de um ataque ao centro de Teerão durante a noite.
"Os aviões da Força Aérea atacaram um centro de comando bem equipado no coração do Teerão e eliminaram Ali Shadmani, o chefe do Estado-Maior iraniano, o comandante militar de mais alta patente e o mais próximo do líder iraniano Ali Khamenei", pode ler-se numa publicação feita na rede social X.
De acordo com um comunicado israelita, Ali Shadmani era a figura mais próxima do líder supremo do Irão, Ali Jamenei, de quem era, aliás, conselheiro militar.
#عاجل جيش الدفاع قضى للمرة الثانية على رئيس أركان الحرب في ايران وأرفع قائد عسكري للنظام الايراني
— افيخاي ادرعي (@AvichayAdraee) June 17, 2025
في اعقاب معلومات استخبارية دقيقة وانتهاز فرضة عاجلة خلال ساعات اللي الماس هاجمت طائرات حربية لسلاح الجو مقر قيادة مؤهل في قلب طهران وقضت على المدعو علي شادماني رئيس أركان الحرب…
Os militares de Israel acrescentaram que nos últimos anos, Shadmani "influenciou diretamente os planos operacionais do Irão para atacar o Estado de Israel".
O Irão não confirmou a morte de Shadmani.
"Antes da eliminação do antecessor, Shadmani era o vice-comandante do Comando Khatam al Anbiya - o comando unificado das Forças Armadas, independente do Estado-Maior desde 2016 - e chefe da Direção de Operações do Estado-Maior das Forças Armadas iranianas", disse o exército israelita.
Referiu que "a eliminação de Shadmani vem juntar-se a uma série de eliminações de oficiais militares de topo do Irão", algo que "degrada a cadeia de comando das Forças Armadas iranianas".
Shadmani foi nomeado chefe do Comando Khatam al-Anbiya em 13 de junho, horas depois de o antecessor, Qolamali Rashid, ter sido morto num bombardeamento israelita.
A nomeação foi feita ao abrigo de um decreto aprovado por Khamenei para substituir vários oficiais superiores mortos pelo exército israelita no primeiro dia da ofensiva contra o Irão.
Israel justificou a ofensiva com os progressos do programa nuclear do Irão e a ameaça que o fabrico de mísseis balísticos pela República Iranaina representa para o país.
Desde então, os aviões israelitas atacaram infraestruturas militares, como sistemas de defesa aérea e instalações de armazenamento de mísseis balísticos, bem como centrais nucleares, nomeadamente em Natanz, Isfahan e Fordo.
Foram também atacados altos responsáveis da Guarda Revolucionária Iraniana e cientistas nucleares.
No Irão, os ataques causaram pelo menos 229 mortos, segundo um balanço do Governo de Teerão.
Em Israel, os lançamentos de mísseis iranianos mataram 24 pessoas até ao momento, segundo as autoridades israelitas.
[Notícia atualizada às 10h41]
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