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Vasco Cordeiro defende PS "proativo" e com "maior capacidade de diálogo"

O líder do PS/Açores, Vasco Cordeiro, defendeu hoje que o partido deve ser mais "proativo" e ter "maior capacidade de diálogo", a propósito da moção estratégica que reflete sobre a "sustentabilidade da autonomia" e a "coesão regional".

Vasco Cordeiro defende PS "proativo" e com "maior capacidade de diálogo"
Notícias ao Minuto

21:40 - 25/05/22 por Lusa

Política Açores

Numa conferência realizada em Ponta Delgada, o presidente do PS/Açores apresentou a moção "Um combate pelo futuro dos Açores! Sustentabilidade e Coesão", coordenada por Berto Messias e que vai ser debatida e votada no XVIII Congresso Regional, que se inicia na sexta-feira.

Vasco Cordeiro realçou que a moção "fala sem qualquer tipo de complexo" sobre a perda da maioria absoluta nas eleições regionais de 2020, em que o PS obteve 39% mas não conseguiu formar governo.

"A moção é clara. Enquanto nós, PS, não analisarmos, dissecarmos e debatermos as razões pelas quais os açorianos não confiaram em nós da mesma forma que confiavam antes, não conseguimos seguir em frente da forma como devemos seguir", afirmou.

Evocando excertos da moção, o antigo presidente do Governo dos Açores (de 2012 a 2020) considerou que os açorianos querem um PS "capaz de mudar quem se deixou contaminar pela inércia e pelo imobilismo" e que exista "em função dos Açores" e "não em função dos dirigentes" partidários.

"Um PS que seja proativo, seja liderante, que esteja próximo, que tenha maior capacidade de diálogo, que tenha maior capacidade de concertação. Estas são algumas das lições que, no fundo, a moção expressa e que eu próprio também expresso", afirmou.

Vasco Cordeiro destacou que a moção pretende "abordar os desafios que se colocam ao futuro da região", considerando que o atual executivo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM) "não é pelo futuro dos Açores", sendo antes um "governo de oposição ao passado" socialista.

"Esta moção é sobre o futuro dos Açores. Não é sobre o passado", vincou.

Vasco Cordeiro sugeriu a "definição de uma estratégia de eficiência competitiva" que deve "elencar as mais-valias naturais de recursos e as vantagens competitivas de cada uma das ilhas" açorianas.

O socialista advogou que o turismo tem "capacidade para crescer", mas considerou que é "necessário pensar mais além" para melhorar a "remuneração e a qualidade do emprego" no setor, que não deve ser tido "como o alfa e ómega" do desenvolvimento da região.

"Políticas como a educação, a cultura, o combate à pobreza e à exclusão social têm uma componente fundamental, mas todas essas políticas devem ser orientadas sob um chapéu único. É por isso que defendemos uma agenda para a valorização do capital humano", acrescentou.

Quanto à agricultura, Vasco Cordeiro realçou que o "desafio" do setor do leite está "ao nível da transformação e da comercialização" e "não ao nível da produção", fileira que "sofre as principais consequências" da crise no setor.

O líder parlamentar do PS na Assembleia Regional propôs ainda uma "perspetiva mais fina" na análise à demografia do arquipélago, que "não deve tomar apenas como referência" a "realidade de ilha", porque dentro de cada ilha "existem comportamentos diferentes" no território.

O líder socialista rejeitou uma revisão da Lei de Finanças Regionais feita "à pressa" e disse que qualquer proposta de revisão que "parta do princípio de que os Açores são injustificadamente beneficiados" face à Madeira é uma "linha vermelha" para o PS.

A moção, cujo primeiro subscritor é Vasco Cordeiro, vai ser debatida no congresso que decorre na sexta-feira, sábado e domingo na Horta, e é subscrita por várias personalidades do PS nos Açores, como Carlos César, João Ponte, Cristina Calisto, Ricardo Rodrigues, Francisco César ou Alexandre Pascoal.

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