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Congresso: PS e BE assumem partilha de valores com Livre

Miguel Costa Matos (PS) e José Manuel Pureza (BE) assumiram hoje, no final do XII Congresso do Livre, que os partidos têm "o mesmo espaço" à esquerda e partilham valores, o que permite diálogo e "capacidade de entendimento".

Congresso: PS e BE assumem partilha de valores com Livre
Notícias ao Minuto

15:43 - 06/03/22 por Lusa

Política Livre

"O Partido Socialista (PS) partilha com o Livre o espaço da esquerda, do progressismo, da ecologia e, por isso, encaramos este congresso como um momento importante em que pudemos ouvir um conjunto de propostas e em que esperamos vir a aprofundar o diálogo com este partido", assumiu o secretário-geral da juventude Socialista.

Miguel Costa Matos justificou ainda à agência Lusa que este congresso é "num momento importante", porque o PS quer "iniciar uma maioria de diálogo com as instituições políticas no seio do parlamento, com a sociedade civil e com a concertação económica e social".

"Em relação às propostas em concreto que foram feitas, teremos de conhecer em maior profundidade neste início de sessão legislativa as suas propostas, mas a vontade do PS é de aprofundar o diálogo com o Livre neste espaço que partilhamos de valores à esquerda", argumentou.

Entre as propostas em causa está a pobreza energética que o único deputado eleito pelo Livre, Rui Tavares, apresentou no discurso de encerramento dos dois dias do XII Congresso do Livre que decorreu no Convento de São Francisco, em Coimbra, desde sábado e até hoje.

"É um tema que não nos preocupa só a nós, que preocupa também outros partidos que vão estar na metade esquerda do parlamento connosco. É altura de dar passos decisivos para que toda a gente que tem menos disponibilidade financeira possa viver em conforto e em dignidade nas suas casas", defendeu Rui Tavares no púlpito.

A pobreza energética foi uma das bandeiras programáticas do Livre em campanha nas legislativas, que na altura propunha "um programa de incentivos de comparticipação financeira a 100% até ao limite de 100 mil euros para edifícios existentes, do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) aplicados de forma célere ao simplificar os procedimentos administrativos necessários".

Rui Tavares referiu ainda que a reunião magna do partido acontece "num momento em que a guerra voltou à Europa", numa referência à situação de conflito entre a Ucrânia e a Rússia, onde sublinhou que "perante a ameaça do neoimperialismo, a resposta tem que ser a unidade europeia" apesar de defender que esta unidade tem que ser democrática e "do estado do direito em todos os estados-membros da UE sem exceção".

Estas questões "que se prendem com a pobreza energética, com a luta pela paz que é absolutamente essencial neste momento, são causas importantes" também para o Bloco de Esquerda (BE), defendeu o deputado José Manuel Pureza.

Em declarações à agência Lusa o deputado bloquista assumiu que viu "uma vontade de trabalhar em prol" destas causas e, por isso, considerou que "é muito bom que haja a capacidade de entendimentos à esquerda para que essas causas tenham triunfo".

"Da parte do Bloco de Esquerda há, como sempre houve, toda a disponibilidade para agregar forças no sentido do triunfo das causas que têm a ver com a justiça social, com os serviços públicos fortes, coma luta pela paz e a luta pelo entendimento", acrescentou.

No encerramento do XII Congresso do livre estiveram também outras forças políticas como o presidente da federação distrital do PS de Coimbra, Nuno Moita, e ainda João Pires (PCP), Marta Correia (PAN) e Teresa Costa e Paulo Coelho (PEV).

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