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PS questiona Governo sobre atraso do seguro de saúde

O deputado do PS Paulo Pisco acusou hoje o Governo de criar uma "inaceitável discriminação" por apenas atribuir seguros de saúde aos diplomatas enquanto os funcionários consulares ainda aguardam esta regalia, prometida há mais de dois anos.

PS questiona Governo sobre atraso do seguro de saúde
Notícias ao Minuto

15:51 - 25/03/14 por Lusa

Política Paulo Pisco

Num requerimento dirigido ao ministério dos Negócios Estrangeiros entregue hoje no parlamento, o socialista refere que "já passaram mais de dois anos desde que o Governo assumiu o compromisso de atribuir um seguro de saúde aos funcionários consulares, uma vez que não têm qualquer sistema de proteção que lhes permita aceder, na sua qualidade de servidores do Estado, à assistência na doença nos países onde estão a trabalhar".

Paulo Pisco refere que "o próprio estatuto dos funcionários consulares aprovado em março de 2013 na Assembleia da República prevê a atribuição" desse benefício, cuja importância é realçada pelo socialista, já que em muitos países, nomeadamente africanos, latino-americanos ou asiáticos, são obrigados a recorrer a clínicas e hospitais privados, "com custos muito altos".

Apesar do compromisso do Governo, salienta o deputado socialista, "apenas os funcionários diplomáticos colocados nos serviços externos, extensivo a cônjuges e descendentes, acabaram por ter direito a um seguro que financia a assistência na doença", enquanto "os funcionários consulares continuam a aguardar, passados mais de dois anos".

Para Pisco, está em causa "uma inaceitável discriminação entre servidores do Estado, em que uns são considerados e beneficiados e outros são ignorados e prejudicados".

Entre os cerca de 600 funcionários, "a esmagadora maioria não tem nenhum seguro", pelo que todas as despesas com consultas e tratamentos médicos tenham de ser pagas do seu bolso, "o que é altamente penalizador para quem tem sofrido uma degradação salarial que tem vindo a tornar-se cada vez mais insuportável", critica o PS.

Devido a esta situação, funcionários consulares de países como Indonésia, Moçambique ou Índia já enviaram as faturas para o Sindicato dos Trabalhadores Consulares para levar os tribunais a exigir o seu pagamento ao ministério dos Negócios Estrangeiros.

No requerimento, Paulo Pisco questiona o Governo sobre se não considera "da mais elementar justiça" atribuir o seguro de saúde aos funcionários consulares, afetados por uma "brutal degradação salarial", e como justifica "este tratamento diferenciado" em relação aos diplomatas.

Por fim, o socialista pergunta ainda ao ministério de Rui Machete quando prevê passar a atribuir o seguro de saúde aos funcionários consulares.

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