JPP diz que agricultores da Madeira são escravizados por Governo Regional
O líder do JPP e cabeça de lista legislativas pelo círculo da Madeira, Élvio Sousa, disse hoje que os agricultores da região autónoma são "escravizados" pelo Governo Regional há mais de 20 anos e alertou para o monopólio no setor.
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Política Legislativas
"Há que valorizar o trabalho destes homens e mulheres que trabalham a terra e dizer muito claramente que estamos fartos de monopólios", declarou o candidato insular, reforçando: "É importante introduzir concorrência."
Numa ação de campanha na Ribeira dos Socorridos, no concelho de Câmara de Lobos, zona oeste da ilha, o cabeça de lista e líder do partido Juntos Pelo Povo (JPP) afirmou que os agricultores da Madeira estão a ser "explorados sucessivamente" pelo Governo Regional, atualmente liderado por um executivo de coligação PSD/CDS-PP.
"Por exemplo, a água de rega não chega às necessidades das mais de 12.000 explorações agrícolas. Os regantes pagam cada vez mais pela sua água e os governantes continuam a falhar na sua entrega", disse.
Élvio Sousa criticou também a GESBA, empresa de gestão do setor da banana, referindo que não atualiza o preço do produto há mais de 20 anos e prefere "promover tachos" e "distribuir os lucros pelos seus sócios".
"Os resultados líquidos de 2020 da GESBA, acima dos 2 milhões de euros, não foram usados para aumentar o rendimento do agricultor, mas para criar o Museu da Banana", indicou o candidato, afirmando que isto prova que "as prioridades não estão do lado do agricultor, mas sim do lado do interesse e do monopólio".
O cabeça de lista do JPP lembrou que a empresa GESBA foi criada para "aumentar o rendimento dos agricultores", mas na prática paga em média menos 30 cêntimos por quilo em relação a 2005.
"Os agricultores da Madeira estão a ser, no nosso ponto de vista, escravizados pelos governos PSD/CDS", declarou.
O JPP surgiu como movimento de cidadãos na freguesia de Gaula, no concelho de Santa Cruz, zona leste da Madeira, ganhando depois maior expressão regional ao vencer três vezes consecutivas a câmara municipal com maioria absoluta, a última das quais em 26 de setembro de 2021.
Em 2015, passou a partido e elegeu cinco deputados à Assembleia Legislativa da Madeira, onde atualmente conta com três representantes, do total de 47 que compõem o parlamento madeirense.
Dezasseis forças políticas concorrem às eleições legislativas de 30 de janeiro pelo círculo da Região Autónoma da Madeira, que elege seis deputados à Assembleia da República, onde atualmente têm assento três representantes do PSD e três do PS.
De acordo com a Comissão Nacional de Eleições (CNE), estão inscritos 256.463 eleitores e as candidaturas admitidas surgem por esta ordem no boletim de voto: Movimento Alternativa Socialista (MAS), MPT -- Partido da Terra, JPP, Alternativa Democrática Nacional (ADN), PSD/CDS-PP, PTP, RIR, Ergue-te, Bloco de Esquerda, CDU (coligação PCP/PEV), Iniciativa Liberal, PS, Livre, PPM, PAN e Chega.
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