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"Passos já dita sentença sem conhecer manifesto"

O manifesto escrito por João Cravinho e Bagão Félix, e que apresenta soluções para a reestruturação da dívida pública portuguesa, não caiu bem a Passos Coelho que considerou que este transmite uma mensagem errada a quem "acredita que Portugal vai conseguir as suas realizações". João Cravinho não deixa o primeiro-ministro sem resposta e afirma, esta quarta-feira ao jornal i, que Passos “já dita uma sentença” sem conhecer as propostas.

"Passos já dita sentença sem conhecer manifesto"
Notícias ao Minuto

09:30 - 12/03/14 por Notícias Ao Minuto

Política João Cravinho

O Manifesto foi conhecido ontem, através do Jornal Público, que divulga a criação de um documento de sete páginas, liderado por João Cravinho e Bagão Félix, que apresenta diversas propostas para a reestruturação da dívida.

As ideias são subscritas por mais de 70 personalidades, entre elas Manuel Ferreira Leite, Francisco Louçã, Adriano Moreira, Freitas do Amaral ou António Capucho, mas não obteve a aprovação do primeiro-ministro Pedro Passos Coelho que se apressou a afirmar que “se quisesse pôr em causa o financiamento do país e destas políticas públicas, subscreveria o manifesto...e nessa medida tinha a certeza de estar a enviar a mensagem errada a todos aqueles que esperam que Portugal cumpra as suas realizações”.

Em resposta João Cravinho defende ao i que Passos talvez se “tenha precipitado porque não conhece o texto, nem as propostas e já dita uma sentença”.

Já Bagão Félix explica que o texto fará a apologia do respeito por duas condições: prosseguir o com o rigor e consolidação orçamental e que a reestruturação se enquadre no contexto das regras do mercado da união económica e monetária. E avisa Passos que ao temer os investidores e credores corre o “risco da mordaça dos mercados” o que seria “uma nova censura”.

João Cravinho volta a salientar que o problema é “saber se podemos ou não pagar honradamente a dívida com responsabilidade social” e que a questão sobre a preferência numa saída limpa ou com cautelar é o mesmo que perguntar “se quer morrer de cólera ou peste”.

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