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Conselho Nacional do CDS? "Absolutamente legítimo", diz Anacoreta Correia

Este "teve uma participação vastíssima, alargada, livre", apontou ainda Anacoreta Correia, dizendo verificar que "alguns membros do partido pretendiam evitar que o Conselho Nacional do CDS pudesse constituir-se e deliberar". 

Conselho Nacional do CDS? "Absolutamente legítimo", diz Anacoreta Correia
Notícias ao Minuto

12:27 - 31/10/21 por Notícias ao Minuto

Política Anacoreta Correia

Filipe Anacoreta Correia, presidente da mesa do Conselho Nacional do CDS-PP, fez, este domingo de manhã, uma conferência de imprensa de reação à situação interna no partido após o adiamento do Congresso para depois das eleições legislativas. "Do ponto de vista legal, o Conselho Nacional de Jurisdição foi absolutamente claro na sua condução. Absolutamente legítimo na forma como se constituiu", asseverou. 

Este "teve uma participação vastíssima, alargada, livre", apontou ainda Anacoreta Correia, dizendo verificar que "alguns membros do partido pretendiam evitar que o Conselho Nacional pudesse constituir-se e deliberar"

"Isso sim seria uma afronta à Democracia e digno da crítica de quem não é democrático", sublinhou ainda. 

Recordando que "a grande questão que foi colocada" tem a ver com o "prazo da convocatória", o presidente da mesa considerou que, "esta matéria, se compreendida pelos portugueses, chega a ser até um pouco ridícula". "Alguém compreende que um órgão político que vive para responder às exigências dos factos possa ter qualquer tipo de rigidez que impeça que se possa reunir e pronunciar-se sobre matérias que são urgentes? Alguém compreende que se houver uma catástrofe um órgão político estaria impedido de se reunir para responder a essas exigências?", questionou.

"O CDS é convocado pelo Presidente da República para transmitir a posição do partido sobre a atual situação constitucional. Alguém compreende que o presidente do partido, que queira ouvir o partido sobre este processo estivesse impedido de o fazer por razões de prazo? Isto faz algum sentido?", atirou ainda Anacoreta Correia. 

E, acrescenta, "aqueles mesmos que agora dizem que está em causa um golpe de Estado, um regime maoísta, foram os mesmos que estiveram envolvidos em processos exatamente equivalentes e idênticos no passado e acharam precisamente o contrário que agora dizem". 

Na mesma declaração, transmitiu aos portugueses "uma absoluta tranquilidade" e "serenidade" em relação à "regularidade do funcionamento do CDS". "Não permitiria que, em nome de qualquer interesse político, não fossem respeitadas regras elementares. Infelizmente, não posso dizer o mesmo daqueles que, hoje, estão a manifestar bastante ofensa em relação a vários assuntos", vincou.

Morte do CDS? "Estou seguro: esse dia ainda não chegou"

As saídas anunciadas este sábado de militantes do CDS-PP mereceu também um comentário de Anacoreta Correia. "Por mais importantes que algumas personalidades, alguns militantes, ao longo da história possam ter na vida interna de um partido - e acompanhamos a decisão de saída do partido com pesar, não a festejamos, lamentamos - temos a certeza que nunca um partido se confunde com essas personalidades", considerou.

"Bem ou mal, sabemos no CDS que o seu processo histórico foi sempre acompanhado de crises associadas a novos ciclos de liderança", dando o exemplo de Lucas Pires, Manuel Monteiro ou Paulo Portas. "Por muitos que alguns queiram proclamar a morte deste partido, há uma coisa que estou absolutamente seguro: esse dia ainda não chegou".

Recorde-se o Conselho Nacional do CDS-PP aprovou o adiamento, para depois das eleições legislativas, do congresso eletivo do partido, que deveria realizar-se a 27 e 28 de novembro, em Lamego. O cancelamento do congresso por proposta do presidente do partido foi aprovado com 144 votos a favor (57,8%), 101 contra (40,6%) e quatro abstenções (1,6%), disseram à Lusa várias fontes que assistiram à reunião.

O 29.º Congresso do CDS-PP estava agendado para 27 e 28 de novembro, em Lamego, distrito de Viseu. São candidatos à liderança do partido o atual presidente, Francisco Rodrigues dos Santos, e o eurodeputado Nuno Melo.

[Notícia atualizada às 12h56]

Leia Também: Uma mão cheia de baixas. O retrato de um sábado 'negro' para o CDS

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