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É "necessário entendimento" entre os partidos para superar crise

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros afirmou hoje em Berlim que "os bons ventos finalmente sopram" a favor de Portugal e defendeu um "necessário espaço de entendimento" entre os partidos para ultrapassar a crise.

É "necessário entendimento" entre os partidos para superar crise
Notícias ao Minuto

14:27 - 10/03/14 por Lusa

Política Machete

Intervindo na abertura do II Fórum Luso-Alemão, Rui Machete começou por falar sobre a situação económica e financeira em Portugal: "Os bons ventos finalmente parecem soprar a nosso favor", disse, afirmando que em maio terminará, "com sucesso", o programa de assistência económica e financeira, sempre com nota positiva nas avaliações intermédias da ?troika'.

O ministro destacou que o país tem recuperado a capacidade de se financiar e pode encarar o fim do programa de ajustamento "com mais otimismo e confiança", mas continuará, depois, "sujeito a obrigações internas e externas" e por isso terá de evitar "qualquer tipo de complacência".

"Espero que em Portugal as principais forças políticas, que comungam dos mesmos ideais europeus, saibam encontrar o necessário espaço de entendimento que nos permita ultrapassar a atual crise, mas também alcançar compromissos políticos de longo prazo que deem continuidade e sustentabilidade às reformas estruturais", disse.

Rui Machete destacou, por um lado, "a disciplina e tenacidade do povo português" e, por outro, "o apoio e incentivo" dos parceiros europeus, no âmbito do programa de assistência, expressando "uma palavra de especial reconhecimento pela solidariedade e pelo apoio da Alemanha".

O país atravessou um "longo caminho", garantiu: "O nosso exigente processo interno de reformas e o reforço da governação económica europeia pareceriam inconcebíveis em 2009 ou 2010".

"Reabilitámos as contas públicas, recuperámos a credibilidade de Portugal junto dos nossos credores, reconquistámos a confiança internacional e lançámos as bases para uma nova economia, numa rota de crescimento e geradora de emprego", afirmou Rui Machete, destacando que o país "voltou a despertar o interesse dos investidores".

Por outro lado, as exportações portuguesas "batem recordes e chegam a mais destinos", representando hoje 41% do PIB, quando em 2009 eram 29%, enquanto a taxa de desemprego diminuiu no ano passado de 17,7% para 15,3%.

O país está numa "rota de convergência", inverteu a trajetória recessiva e assiste a uma retoma de crescimento desde o segundo trimestre de 2013.

"O reequilíbrio das contas externas foi uma das consequências mais positivas desta notável capacidade de ajustamento das empresas portuguesas e do progresso das exportações. Só no último trimestre de 2013, o excedente externo foi já de 1,8% do PIB: Portugal deixou de se endividar e começou a criar as condições para reduzir o endividamento, abrindo futuro às gerações mais novas", disse.

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