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Resposta do PS a entrevista de Cravinho? "É até trapalhona", diz Louçã

Francisco Louçã versou sobre a entrevista do ex-ministro ao programa 'Polígrafo SIC' e comentou as declarações de Constança Urbano de Sousa em resposta a esta. Já Ana Catarina Mendes "veio defender a deputada em termos um bocadinho mais elegantes".

Resposta do PS a entrevista de Cravinho? "É até trapalhona", diz Louçã
Notícias ao Minuto

23:21 - 30/04/21 por Notícias ao Minuto

Política Francisco Louçã

No seu habitual comentário das sextas-feiras da SIC Notícias, Francisco Louçã versou sobre as declarações do ex-ministro João Cravinho que, em entrevista, no início desta semana, ao programa 'Polígrafo SIC' deixou farpas à governação PS no tempo de José Sócrates no que ao combate à corrupção diz respeito. O economista começou por recordar que foi o socialista quem, pela primeira vez, "fez um conjunto muito articulado de propostas que incluía a criminalização do enriquecimento injustificado"

"A ideia substancial que João Cravinho apresentou", na opinião de Louçã, "era absolutamente justificada". E questionou: "Como é que alguém que tem a titularidade do poder político - e confiança do país para exercer um cargo de alta responsabilidade na condução das coisas nacionais - pode não ter que justificar incrementos patrimoniais significativos ou não ser punido caso eles sejam ilícitos?

E há aqui dois aspetos, no entender do conselheiro de Estado: "Há a punição do crime e o aspeto da informação necessária para as investigações, porque é o ponto de partida para o crime económico". O crime económico "protege-se sempre" e "ter a informação e a obrigação da informação é, em si próprio, um valor público", destacou. 

Sobre a resposta do Partido Socialista à entrevista concedida pelo ex-ministro de António Guterres, Francisco Louçã referiu que esta foi "espantosa". "É até trapalhona", acrescentou, "porque sugerir que há alguma falha de memória de João Cravinho, que é um homem cuja memória é vivíssima..."

Para o comentador, a frase de Constança Urbano de Sousa - que em entrevista à TSF disse que Cravinho estava "com a memória um pouco afetada" - teve a intenção de "o menorizar pessoalmente". 

Já quanto a Ana Catarina Mendes, Louçã apontou que "veio defender a deputada em termos um bocadinho mais elegantes", porque "não se trata assim ninguém, nem um adversário, nem um camarada político". "Não se usa esse tipo de terminologia", defendeu.

Recorde-se que a líder parlamentar do PS disse, no programa 'Circulatura do Quadrado' que as afirmações de Cravinho foram "injustas". "São afirmações injustas, porque eu acompanhei, na altura, e várias das propostas de João Cravinho não só foram adotadas, como algumas até deram passos maiores", asseverou. 

João Cravinho, histórico socialista e antigo ministro do primeiro executivo liderado por António Guterres (1995/1999), também autor de um anteprojeto sobre criminalização do enriquecimento ilícito, considerou que, durante o primeiro Governo PS de maioria absoluta, entre 2005 e 2009, não houve vontade de combater a corrupção.

O antigo ministro das Obras Públicas disse mesmo que "a visão política de José Sócrates como primeiro-ministro e secretário-geral do PS era de não combate à corrupção"

Leia Também: Ascenso Simões sai em defesa de João Cravinho: "Merece respeito"

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