Ascenso Simões sai em defesa de João Cravinho: "Merece respeito"
Concorde-se ou não com João Cravinho, o deputado socialista defendeu que a resposta de Constança Urbano de Sousa "é um insulto" inaceitável.
© Ascenso Simões / D.R
Política Polémica
O deputado socialista Ascenso Simões teceu severas críticas à 'vice' da bancada do PS, Constança Urbano de Sousa, após a ex-ministra da Administração Interna ter acusando João Cravinho de estar "com a memória um pouco afetada" na sequência de o antigo governante ter afirmado que o Governo de José Sócrates barricou projetos sobre corrupção e que o PS travou leis sobre a matéria.
"Nunca me passou pela cabeça que houvesse uma afirmação destas por parte da direção da bancada parlamentar do PS", admitiu Ascenso Simões, num texto divulgado, ontem, nas redes sociais, intitulado "João Cravinho merece respeito".
O parlamentar lembrou que João Cravinho desempenhou vários cargos de grande importância política e que sempre foi "muito afirmativo".
"A sua última luta foi a do combate à corrupção. Há coisas com que concordo e outras que me merecem muitos reparos nas propostas que apresentou. (...) Agora, afirmar-se que Cravinho, pai de um ministro do atual Governo, 'deve estar com a memória um pouco afetada' é insulto que não posso aceitar", declarou.
João Cravinho lançou farpas, esta segunda-feira, a José Sócrates e ao PS, durante uma entrevista ao Polígrafo.
Na opinião do antigo ministro de António Guterres, "independentemente de todo e qualquer juízo pessoal, tomando para centro a visão política, a convicção política, os atos políticos de José Sócrates como primeiro-ministro e como secretário-geral do PS, a visão política dele era de não combate à corrupção".
Agora, "que houvesse uma posição política que só pode ter explicação e que está demonstrada concreta e factualmente de não combate, de tirar a ideia de combate à corrupção de qualquer plano prioritário do Governo e do PS...", acrescentou o antigo governante.
Entretanto, confrontada com estas declarações em entrevista à TSF, a socialista Constança Urbano de Sousa afirmou que João Cravinho estava "com a memória um pouco afetada" e garantiu que o partido está "de consciência tranquila".
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