"No PRR a palavra turismo aparece cinco vezes, administração pública 57"
Declarações de Francisco Rodrigues dos Santos, após a reunião do CDS com a Confederação de Turismo de Portugal.
© Lusa
Política Francisco Rodrigues dos Santos
O líder do CDS esteve, esta segunda-feira, reunido com os representantes da Confederação de Turismo de Portugal.
Após o encontro, Francisco Rodrigues dos Santos salientou que "no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) a palavra turismo aparece cinco vezes e a palavra administração pública 57", o que, segundo o líder centrista, "diz muito das prioridades do Governo para apoiar os setores mais afetados da nossa economia, como é o caso do Turismo, que representa uma fatia bastante significativa do nosso PIB".
Ainda segundo 'Chicão', este PRR "está centrado no Estado" e "desvia a fatia de Leão para a administração pública, em vez dos nossos pequeno e micro empresários que são as grandes vítimas desta pandemia".
Para o presidente dos centristas é claro que o Governo "seguiu uma receita socialista já gasta, de atirar dinheiro para cima do Estado", enquanto "os problemas agonizam-se" e deixam os empresários "à míngua".
No caso do setor do Turismo, em concreto, Francisco Rodrigues dos Santos garante que "os apoios chegam tarde e a más horas" e são de "difícil acesso, dado ao elevado nível de burocracia a que estão sujeitos".
Assim sendo, para o CDS "é evidente que têm de existir um investimento maior pela parte do Estado na economia".
CDS apoiará Estado de Emergência enquanto for "estritamente necessário"
Antes de terminar a sua intervenção, ao ser questionado sobre a renovação do Estado de Emergência, o presidente do CDS afirmou que o partido votará a favor enquanto este for "estritamente necessário" para controlar a pandemia.
"O CDS-PP tem tido uma votação responsável na votação dos Estados de Emergência. Enquanto for estritamente necessário para controlar a pandemia adotar medidas a que só o Estado de Emergência pode dar respaldo jurídico, é óbvio que o CDS-PP votará favoravelmente", afirmou.
No entanto, o líder democrata-cristão alertou que tal terá de ser acompanhado por um maior planeamento do Governo em áreas como a testagem, vacinação ou rastreamento, de forma a dar "alguma tranquilidade" a empresas e famílias.
"Se o Governo continuar a cometer erros do passado e andar em avanços e recuos, isso mina a confiança e levará a que haja 'fura-confinamentos', até porque as pessoas estão desesperadas e têm contas para pagar", frisou ainda, alertando para os números do desemprego, que aumentou 36,8% em fevereiro em termos homólogos e 1,8% face a janeiro, segundo dados divulgados hoje pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).
Para o líder do CDS-PP, "se se notar uma progressividade no alívio das medidas, os portugueses compreenderão e terão a capacidade de perceber" que o país está a ir "no bom caminho", defendendo que o Governo tem de garantir "uma vacinação sem erros e rápida e uma testagem massificada" nos setores que vão abrindo, como as escolas.
"O Governo tem de garantir a vacinação do pessoal docente e não docente e uma testagem em massa para que as escolas não constituam focos de insegurança", afirmou, salientando que a abertura dos estabelecimentos escolares implica um fluxo de movimento de dois milhões de pessoas.
Leia Também: Primeiro ano de pandemia marcado por grande quebra económica em Portugal
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com